O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão desta terça-feira, 2, em forte valorização de 1,56%, ultrapassando a marca histórica de 160 mil pontos pela primeira vez. O movimento é um rebote da aversão ao risco por parte dos investidores observada na véspera. Já o dólar recuou e ficou cotado a 5,32 reais.
No Brasil, a agenda de indicadores teve como destaque a divulgação da produção industrial de outubro. No mês, ela cresceu 0,1%, abaixo das expectativas do mercado de 0,4%, segundo o IBGE. Frente ao mesmo período em 2024, o setor mostrou retração de 0,5%. “O resultado reforçou a percepção de desaceleração da atividade econômica, colaborando para o fechamento das curvas de juros por aqui e impulsionando o Ibovespa”, afirma Bruno Perri, economista-chefe, estrategista de investimentos e sócio da Forum Investimentos.
Hoje também foi marcado pelo Dia do Investidor da Vale, ocasião em que a mineradora deve atualizar projeções de produção e investimentos. O principal anúncio foi a redução do guidance de produção, o que sinalizou um planejamento menos agressivo. “Isso trouxe a percepção de que o fluxo de caixa da companhia, e, principalmente, a distribuição de dividendos pode ser mais robusta nos próximos trimestres”, analisa o especialista.
No mercado de ações, os principais bancos do país acompanharam a alta do principal índice da B3. Os papéis do Itaú (ITUB4) valorizaram 2,23%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram alta de 0,90% (BBDC3) e de 0,98% (BBDC4). O Santander (SANB11) avançou 2,62% e o Banco do Brasil (BBAS3), 1,35%.
O cenário internacional também operou com otimismo. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, não comentou sobre a política monetária dos Estados Unidos em seu discurso na noite de ontem. Para Bruno Perri, o silêncio foi suficiente para que especialistas mantivessem as apostas no afrouxamento da taxa básica de juros na próxima reunião da autoridade monetária, ainda neste mês.
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