O Ibovespa opera em baixa na manhã desta segunda-feira, 7. O principal índice da bolsa brasileira recuava cerca de 0,58% por volta das 11h40, aos 140,449 mil pontos. Em movimento contrário, o dólar subia quase 0,63% no mesmo período. A moeda americana encerrou o pregão anterior, na sexta-feira, 4, cotada a 5,42 reais. Com a alta registrada na manhã de hoje, a cotação passou para 5,46 reais.
O recuo do Ibovespa acompanha o desenrolar dos pregões de Nova York, que corrigem ganhos da última semana. As bolsas americanas sofrem com novas ameaças tarifárias do presidente do país, Donald Trump, que anunciou uma tarifa adicional de 10% para países alinhados às “políticas antiamericanas” dos BRICS, bloco de nações emergentes do qual o Brasil é membro fundador. Países membros do bloco expediram comunicados oficiais em reação à promessa de Trump.
As ações da Petrobras não apresentaram grande variação na manhã desta segunda. Os papéis da petroleira estavam cotados em 32,14 reais por volta das 11h40, acumulando uma leve variação positiva de 0,062%. Já a Vale caia 0,65% no mesmo horário, com ações cotadas a 54,84 reais, devido à queda no preço global do minério de ferro. A mineradora tem grande peso no Ibovespa e, nesse sentido, ajuda a mantê-lo em patamar negativo no pregão de hoje.
O avanço do dólar no Brasil e na maior parte do mundo nesta segunda-feira é mais um “efeito Trump”. Além da fala do presidente americano sobre uma tarifa adicional contra os BRICS, Trump marcou para o dia primeiro de agosto a aplicação de tarifas punitivas — que variam entre 10% e 70% — para países que não fecharem novos acordos com os EUA até a quarta-feira, 9. Poucos acordos foram firmados com os americanos desde o início da política protecionista de Trump, incluindo acordos com Reino Unido e Vietnã. “A alta do dólar demonstra que os investidores ainda buscam refúgio cambial diante das disputas tarifárias e do clima de insegurança internacional”, diz Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.