O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão desta quarta-feira, 17, em desvalorização de 0,79%, rondando os 157,3 mil pontos. Já o dólar encerrou em alta, cotado a 5,52 reais. Em dia de poucos catalisadores para os negócios, a bolsa de valores operou em movimento de realização de lucros após as altas no início do mês. Além disso, o mercado repercute o cenário político e eleitoral de 2026.
O pessimismo vem após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que indicou que tanto Flávio Bolsonaro (PL) quanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) perderiam a corrida presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A leitura dos investidores é de que a manutenção do governo Lula representa a continuidade da política atual, que vai na contramão do corte de gastos.
Somado a isso, os negócios acompanharam a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do aumento de impostos para as fintechs e as casas de apostas online. A medida é essencial para o governo conseguir conter o rombo no Orçamento de 2026, que deve ser votado ainda nesta semana. Agora, ela segue para o Senado e pode ser aprovada ainda hoje. Mesmo com a elevação das tributações, ainda faltariam mais 20 bilhões de reais para fechar o Orçamento, segundo especialistas.
Entre as ações de maior peso, os bancos tiveram desempenho negativo, acompanhando a queda do Ibovespa. O Itaú (ITUB4) Santander (SANB11) liderou as perdas, com baixa de 0,89%, seguido pelo Bradesco (BBDC4), que recuou 0,82%. O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,74%, enquanto o Santander (SANB11) teve desvalorização de 0,60%.
A Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4) impediram que a queda do índice fosse maior. A mineradora encerrou o pregão em alta de 1,27%, enquanto a petrolífera teve alta de 1,11%. Isso porque o clima é de recuperação, já que o petróleo retoma ao patamar de 60 dólares por barril, que havia perdido na véspera.
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