O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em desvalorização de 0,31% nesta quinta-feira, 9, recuando para os 141,7 mil pontos. O dólar, por sua vez, avançou e ficou cotado a 5,37 reais. Apesar de ter iniciado o dia no positivo devido à derrubada da Medida Provisória alternativa à alta do IOF no Congresso, o mercado caminhou para um fechamento negativo devido às dúvidas sobre como o governo cobrirá o buraco fiscal de 2026.
O governo federal estimava que o aumento de arrecadação advindo da versão original da MP seria de 20,9 bilhões de reais. Segundo especialistas, a arrecadação não resolveria o problema completamente, mas o cenário se agrava após a derrubada da medida, o que piora ainda mais o humor dos negócios.
No mercado de ações, a Petrobras (PETR4), uma das companhias mais influentes para os negócios, fechou em desvalorização de 1,44%, impulsionando a baixa no Ibovespa. Os papéis da estatal acompanharam a queda no valor do barril de petróleo, consequente do fim da guerra e cessar-fogo permanente entre Israel e Hamas.
Já os principais bancos do país acompanharam oscilaram. Os papéis do Itaú (ITUB4) desvalorizaram 0,16%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram alta de 0,34% (BBDC3) e de 0,53% (BBDC4). O Santander (SANB11) avançou 1,32% e o Banco do Brasil (BBAS3) teve valorização de 0,33%.
Entre os destaques econômicos do dia, o mercado também operou de olho na divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, índice oficial da inflação no Brasil. Em setembro, o IPCA apresentou alta de 0,48%, após a deflação de 0,11% registrada em agosto. No acumulado do ano, o índice já atinge 3,64%, acima do centro da meta de 3% estabelecida pelo Banco Central. “O resultado não altera a percepção de que a taxa Selic permanecerá elevada por mais tempo, sustentando o diferencial de juros ainda favorável ao real”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise no programa Mercado: