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Ibovespa opera em leve queda após falas de Galípolo reforçarem Selic elevada

O Ibovespa opera entre perdas e ganhos nesta segunda-feira, 1°, após o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sinalizar que o corte de juros pelo Banco Central ainda não está no horizonte próximo. A fala frustrou agentes do mercado, que precificavam um tom brando de Galípolo após o boletim Focus, divulgado mais cedo, mostrar que a inflação tende a ficar dentro do teto da meta.

Por volta das 11h30, o Ibovespa recuava 0,02% a 158.280,64 pontos. Segundo Felipe Sant’Anna, especialista em investimentos do grupo Axia Investing, o mercado precificava um corte de juros em janeiro, mas as falas de Galípolo durante evento na XP mostrou que o Banco Central continua com uma postura cautelosa.

“A autoridade monetária reforçou que os juros devem continuar no patamar atual por um período prolongado”, diz Sant’Anna. “Isso gera um aumento nas curvas de juros futuros e reduz o otimismo do mercado para a redução do aperto monetário.”

Os juros futuros para abril de 2026 subiam 0,07 ponto porcentual, para 14,78% ao ano. A manutenção da Selic em patamar elevado restringe a ida de fluxo de capital para a renda variável.

Diante desse cenário, papéis do setor varejista lideram as perdas da Bolsa. As ações da Hypera (HYPE3) lideravam as perdas, com baixa de 2,57%, a 26,11 reais. Os papéis de Assaí (ASAI3) recuavam 2,12%, a 9,25 reais. Do outro lado, os ativos da Eneva (ENEV3) lideravam as altas do pregão, com avanço de 1,26%, a 20,12.

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Dólar sobe com investidores à espera de Powell

Analistas também esperam o pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. O banqueiro central deve falar às 22h em evento na Califórnia. Investidores devem ficar atento se o pronunciamento terá pistas de quando o Fed deve pausar o corte de juros.

Segundo a ferramenta FedWacht, 87,6% dos investidores esperam um corte de juros de 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Fed, marcada para o dia 10 de dezembro. A dúvida está sobre quando o ciclo de corte de juros deve acabar.

Para a reunião de 28 de janeiro, 69,3% do mercado espera uma pausa no ciclo, com o Fed Funds (taxa de juros dos Estados Unidos) terminando o ciclo de corte entre 3,50% e 3,75%. Já 21,3% do mercado estima outro corte de 0,25 ponto porcentual em 28 de janeiro. Para essa fatia, o juro americano deve caminhar para a faixa de 3,25% a 3,50%.

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A queda de juros nos Estados Unidos tende a enfraquecer o dólar. Por outro lado, a pausa no ciclo fortalece a moeda. Diante desse cenário externo e tom duro do BC local, o dólar subia 0,14%, a 5,342 reais na venda.

(Por Bruno Andrade)

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