O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em leve desvalorização de 0,07% nesta quarta-feira, 12, recuando para 157,6 mil pontos. Hoje, a bolsa de valores rompe sua trajetória de 15 altas consecutivas – e vários recordes –, em um movimento de realização de lucros. O dólar, por sua vez, avançou e ficou cotado a 5,29 reais, após ter atingido o menor valor desde junho de 2024 na véspera.
No exterior, o destaque é o fim do shutdown nos Estados Unidos, que foi o mais longo da história. A medida deve destravar o Orçamento do país e devolver ao mercado acesso a indicadores econômicos importantes, como o payroll, o relatório oficial de empregos. “O retorno da divulgação de dados que são importantes para decisões sobre a política monetária dos EUA também é fator que justifica a valorização do dólar hoje”, afirma Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da FBNF.
Além disso, na véspera, o presidente Donald Trump anunciou que pode reduzir as alíquotas sobre a importação de café, mas não especificou quais países seriam impactados. O Brasil é um dos maiores fornecedores de café ao país e, desde agosto, sofre com a sobretaxa de 50% na venda de produtos aos EUA.
No cenário doméstico, os investidores se voltam às falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no Fórum de Investimentos 2026, promovido pela Bradesco Asset. Nesta tarde, ele apontou que a inflação está convergindo de maneira lenta e gradual para a meta. “O aspecto lento e gradual é bastante incômodo para o BC, mas por outro lado esse gradualismo colabora para diminuir o outro risco (tombo da atividade econômica)”, disse.
No mercado de ações, os principais bancos do país, em sua maioria, acompanharam o recuo do principal índice da B3. Os papéis do Itaú (ITUB4) desvalorizaram 2,28%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram alta de 0,24% (BBDC3) e baixa de 0,26% (BBDC4). O Santander (SANB11) recuou 0,03% e o Banco do Brasil (BBAS3) teve desvalorização de 2,85%.
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