O Ibovespa encerrou a sessão desta sexta-feira (17) em alta, aos 143 000 pontos e com o crescimento de 1,83%, após uma semana marcada por volatilidade e quedas sucessivas. O dólar comercial recuou a R$ 5,41 com a terceira queda seguida diante do real, enquanto os juros futuros apresentaram comportamento misto.
A melhora no pregão ocorre depois de o índice acumular queda de 2,76% em outubro até a véspera, em movimento de correção após os recordes registrados em setembro, quando a alta no ano chegou a cerca de 22%.
Entre os destaques positivos do dia, as ações da Prio (PRIO3) subiram mais de 4%, impulsionadas pela retomada da produção do FPSO Peregrino. Já na semana, Usiminas (USIM5) liderou os ganhos, com avanço de 13,88%, enquanto o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registrou a maior queda, de 6,82%. No setor bancário, o Banco do Brasil (BBAS3) fechou com a maior alta entre os grandes bancos, de 1,13%, seguido por Bradesco (BBDC4), com 0,68%, Santander (SANB11), com 0,46%, e Itaú (ITUB4), com 0,13%.
No cenário internacional, os investidores voltaram a ganhar confiança de que os problemas de crédito em bancos regionais dos Estados Unidos não devem se espalhar. O clima também melhorou após o presidente Donald Trump afirmar que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, sinalizando uma possível trégua comercial entre os dois países.
Segundo Caio Mitsuo, especialista em investimentos e MBA em Finanças pela FBNF, a expectativa de queda dos juros nos Estados Unidos tem enfraquecido o dólar frente à maioria das moedas. “Esse movimento favorece o carry trade e aumenta a entrada de capital estrangeiro no Brasil”, explica o analista. Em relação ao ouro, Mitsuo avalia que o ativo segue sendo procurado como proteção contra a fragilidade das moedas fiduciárias. “Os governos estão cada vez mais endividados e sem ajustes fiscais, o que reforça a busca dos investidores por ativos de segurança”, afirma.
