O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em valorização de 0,77% nesta segunda-feira, 20, avançando para os 144,5 mil pontos. O dólar, por sua vez, teve queda e ficou cotado a 5,37 reais. O alívio no mercado acompanha a alta nas bolsas americanas, após sinais de reaproximação entre Estados Unidos e China.
Nesta tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 155% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro, caso Pequim e Washington não cheguem a um novo acordo comercial. No entanto, o republicano equilibrou a mensagem com tom diplomático: afirmou que a China tem sido “respeitosa” e que espera “um acordo justo” e confirmou uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas.
No mercado de ações, os principais bancos do país, em sua maioria, acompanharam a alta do índice. Os papéis do Itaú (ITUB4) valorizaram 1,92%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram alta de 1,93% (BBDC3) e de 1,98% (BBDC4). O Santander (SANB11) avançou 2,84%, mas o Banco do Brasil (BBAS3), por outro lado, recuou 0,48%.
Sem grandes catalisadores no cenário doméstico, o Boletim Focus se destaca no radar dos investidores. Segundo economistas consultados pelo Banco Central, as projeções para o IPCA de 2025 recuaram de 4,72% para 4,70%. É a quarta semana seguida de queda nas projeções da inflação no país. Já as expectativas para o PIB se elevaram ligeiramente de 2,16% para 2,17%.
O programa Reforma Casa Brasil, medida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também chama a atenção no noticiário econômico. Segundo Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, a aproximação das eleições presidenciais faz com que os negócios acompanhem de perto os novos pacotes anunciados. “O mercado não tem certeza de como o governo conseguirá fechar o rombo fiscal de 2025 e 2026 e, ainda com novas medidas populistas, ele pode interpretar bem mal, sem dúvidas”, afirma.
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