O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em valorização de 0,55% nesta quarta-feira, 22, avançando para os 144,8 mil pontos. O dólar, por sua vez, teve leve alta e ficou cotado a 5,39 reais. “O comportamento do câmbio nos últimos dias vem da cautela do mercado em uma semana mais fraca em relação à divulgação de indicadores econômicos”, afirma Cristiane Quartaroli, economista chefe do Ouribank.
No exterior, os negócios operam à espera do CPI, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, que sairá nesta sexta-feira, 24. Será o único indicador publicado durante o shutdown americano, que paralisa as atividades consideradas “não-essenciais” e já está em sua terceira semana. Para Quartaroli, o resultado não deve alterar a aposta de corte de juros nos EUA, que é projetada em 0,25 ponto percentual, mas acende um alerta no mercado.
No Brasil, o destaque é o cenário fiscal. Nesta manhã, o governo Lula anunciou que pretende gerar 30 bilhões de reais entre cortes de gastos e aumento de impostos com o novo pacote proposto para compensar a derrota sofrida na Câmara dos Deputados em 8 de outubro, quando os parlamentares retiraram a Medida Provisória 1303 da pauta, levando-a a perder a validade no dia seguinte.
Além disso, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirmou que o governo vai manter a meta de déficit zero em 2025 e projeta, para 2026, o primeiro superávit primário do país em mais de dez anos, equivalente a 0,25% do PIB.
No mercado de ações, os principais bancos do país, em sua maioria, acompanharam a alta do Ibovespa. Os papéis do Itaú (ITUB4) valorizaram 0,74%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) fecharam no zero-a-zero. O Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,54% e o Santander (SANB11), por outro lado, recuou 1,32%.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise no programa Mercado:
