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Ibovespa abre pregão em queda com 141 mil pontos e dólar bate R$5,50

O Ibovespa iniciou o pregão desta terça-feira (14) em queda, marcando 141 000 pontos, em um dia de cautela dos investidores diante das falas aguardadas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. O clima no mercado global segue de aversão ao risco, em meio às novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

No cenário corporativo, o setor de varejo começou o dia em baixa, com Casas Bahia (BHIA3) caindo 1,27%, C&A (CEAB3) recuando 1,16% e Magazine Luiza (MGLU3) também registrando queda de 1,16%. Entre os bancos, o desempenho foi misto: Bradesco (BBDC4) avançava 1,77% e Itaú (ITUB4) subia 0,40%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) caíam 0,19% e 2,56%, respectivamente. No setor de commodities, Vale (VALE3) recuava 0,82% e Petrobras (PETR3) operava em baixa de 0,59%.

No campo diplomático, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarca para os Estados Unidos nesta semana, onde se reunirá com o secretário de Estado Marco Rubio para discutir o impacto das tarifas impostas ao Brasil e tentar reverter parte das medidas. Já Jerome Powell discursará às 13h20 (horário de Brasília) sobre o cenário econômico e a política monetária americana, com os investidores atentos a eventuais sinais sobre os próximos passos do Fed em relação à taxa de juros.

Economia global

Nos mercados internacionais, as bolsas registravam queda, enquanto ativos de proteção, como o ouro e os títulos do Tesouro norte-americano, voltavam a subir, refletindo o aumento da aversão ao risco. As negociações entre EUA e China seguem tensas, especialmente após os dois países anunciarem novas tarifas portuárias sobre empresas de transporte marítimo, reacendendo a disputa comercial. Em Wall Street, o Dow Jones Futuro recuava 0,83%, o S&P 500 Futuro caía 1,03% e o Nasdaq Futuro perdia 1,20%.

Em relação ao dólar, o Bruno Yamashita, Analista de Alocação e Inteligência da Avenue explica que a alta da moeda se deve por conta das incertezas da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. “O dólar contra real abre em alta de novo voltando a bater a casa do 5,50 reais muito puxado pra essa versão a risco global que temos visto por parte dos investidores, o que traz uma maior instabilidade”, finaliza Bruno. 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou suas projeções de crescimento para a América Latina e o Caribe em 2025, passando de 2,2% para 2,4%, impulsionado por tarifas americanas abaixo do previsto e pela melhora das perspectivas para o México. No entanto, o organismo reduziu a estimativa para 2026, prevendo uma expansão mais moderada, de 2,3%, segundo o relatório Perspectiva Econômica Global divulgado nesta terça-feira.

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