O IBC-Br, considerado pelo mercado como o “PIB do Banco Central”, apresentou queda de 0,7% em maio na série ajustada sazonalmente, interrompendo quatro meses consecutivos de resultados positivos. A queda foi puxada pelo setor de agronegócio, cujo índice tombou 4,2% de abril para maio. A indústria recuou 0,47% na mesma comparação. Já o setor de serviços manteve-se estável. O peso do agronegócio sobre a economia é tão grande que, quando o setor é excluído da conta, o recuo do IBC-Br é de 0,37%.
Segundo o BC, a última vez em que o IBC-Br registrou recuo de um mês para outro foi em dezembro do ano passado, quando o índice baixou 0,93% em relação a dezembro.
O resultado pode indicar que, finalmente, o ciclo de aumento da taxa Selic começa a surtir efeito e a frear a economia. Na comparação com maio do ano passado, contudo, o IBC-Br aponta um crescimento de 3,91%. Já no acumulado do ano, o Banco Central aponta que a economia cresceu 1,97% na série com ajuste sazonal.