Preso desde 15 de agosto por tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico, Hytalo Santos teve seus bens penhorados devido o não pagamento de uma dívida de 12 milhões de reais da mansão onde vivia com menores de idade no bairro Portal do Sol em João Pessoa (PB). Segundo o processo ao qual a coluna GENTE obteve acesso, Roberto Cavalcanti de Moraes Júnior vendeu a casa para o influenciador em 5 de março de 2024, mas nunca teve retorno financeiro. Após a repercussão negativa de seu nome devido a um vídeo produzido pelo Felca, que denunciava casos de “adultização” de menores, o Judiciário da Paraíba reconheceu que Hytalo deu indícios de risco de ocultação patrimonial.
“O influenciador digital, ostentava elevado padrão de vida e múltiplas fontes de renda, mas vinha adotando condutas que evidenciariam risco concreto e iminente de ocultação patrimonial. Ressaltou que, até 8 de agosto de 2025, o executado possuía mais de 17 milhões de seguidores no Instagram, rede social que foi desativada abruptamente, possivelmente por iniciativa própria, logo após repercussão negativa causada por um vídeo amplamente divulgado por outro influenciador, contendo acusações de condutas reprováveis, inclusive a produção de conteúdos com crianças e adolescentes em situações potencialmente impróprias”, diz um trecho do documento.
Para o juiz José Herbert Luna Lisboa, ao desativar suas contas nas redes sociais de forma abrupta, Hytalo dificultou a “localização de suas receitas e bens”. Embora ostentasse uma estilo de vida luxuoso, o influenciador estruturava suas “atividades por meio de diversas empresas, atuantes nas áreas de marketing, publicidade e produção de conteúdo, justamente para fragmentar e mascarar a origem de seus rendimentos” e que tais ganhos eram “voláteis e de difícil rastreamento”, concluindo que sua retirada das plataformas digitais indicaria “probabilidade de dilapidação patrimonial”. Ao todo, Hytalo tem uma dívida de 3,8 milhões de reais. O juiz do caso decidiu a penhora de seus bens e criptomoedas, restrição de veículos, inclusão no Serasajud, suspensão da CNH e bloqueio temporário do passaporte.