O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), publicou neste domingo, 7, um pronunciamento em que critica a polarização política no país e defende a pacificação. “A verdadeira independência é ter equilíbrio”, diz no vídeo publicado em suas redes sociais, em referência ao 7 de Setembro. Para o parlamentar, “num Brasil tão dividido”, o importante é “dar prioridade ao que vai mudar a sua vida para melhor”.
Presente no desfile oficial do Dia da Independência em Brasília, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos chefes das Forças Armadas e de ministros do governo federal, Motta defendeu no pronunciamento compartilhado maior atenção a “boas ideias”, independentemente da linha política de seus autores.
“Todo mundo conhece o grito que marcou a nossa história. Mas hoje, num Brasil tão dividido, qual é o verdadeiro grito de independência que a gente precisa dar? A verdadeira independência é ter equilíbrio. Equilíbrio para afastar o preconceito contra as boas ideias, venham de onde vier. Da esquerda, da direita, do centro. E realmente dar prioridade ao que vai mudar a sua vida para melhor”, disse o presidente da Câmara.
Motta aproveitou o vídeo ainda para divulgar movimentos recentes da Câmara dos Deputados, que deu celeridade nas últimas semanas ao andamento de pautas como a PEC da Segurança Pública e contra a adultização infantil.
“Estamos vivendo um dos momentos políticos mais difíceis. Sem precedentes. Em um ambiente tão polarizado como o Brasil de hoje, a independência e o equilíbrio são mais importantes do que nunca. Porque é assim que colocamos pautas importantes para andar, como o Plano Nacional de Educação. Educar é dar independência. Também colocamos para andar a PEC da Segurança, respondendo um grande apelo da sociedade, a proteção das nossas crianças, com o combate à adultização, e a Reforma Administrativa, que chega para que o Brasil dê um grande salto de qualidade nos serviços públicos. Esses são apenas alguns exemplos”, defendeu o parlamentar.
Em tom pacificador, Motta classificou o cenário político brasileiro como um “campo de batalha” e indicou preferir “não lutar uma guerra de narrativas”.
“Em um país que mais parece um campo de batalha, ter independência é escolher não lutar uma guerra de narrativas, mas sim, trabalhar para entregar o resultado. É assim que garantimos um Brasil independente. É assim que aproximamos o nosso país do futuro que a gente quer”, concluiu.
O presidente da Câmara está no centro de um debate em que defensores do bolsonarismo pressionam por anistia aos envolvidos na trama golpista que culminou no 8 de janeiro, enquanto movimentos de esquerda se posicionam de maneira contrária. Parlamentares especialmente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, têm pressionado para que o projeto seja pautado na Casa, em meio a um debate que tem dominado as redes sociais e também as ruas, especialmente neste 7 de Setembro.