Hotéis americanos aumentaram em 36% o número de verificações de antecedentes de imigrantes durante processos de contratação no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo uma pesquisa da Hireology, empresa que monitora tendências de contratação e emprego nos Estados Unidos. A mudança se dá em meio ao crescimento da fiscalização de trabalhadores estrangeiros em diversos setores, incluindo o hoteleiro, sob o cerco anti-imigração do presidente Donald Trump.
No mês passado, o Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou que iria reverter a orientação dada a agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) de não realizar batidas de imigração em hotéis, fazendas e restaurantes. A ação gera receios dentro do setor hoteleiro, que há anos aposta em imigrantes para preencher mais de 1 milhão de vagas de emprego disponíveis.
Uma pesquisa da Hireology em parceria com a Associação Americana de Hotéis e Hospedagem (AHLA), aponta que cerca de 71% dos hotéis que possuíam vagas não conseguiam preenchê-las. No ano passado, mais de 2,15 milhões de pessoas foram empregadas diretamente por hotéis, de acordo com a AHLA.
Já dados do US Census Bureau e do Tourism Economics indicam que aproximadamente 34% dos profissionais de limpeza e 24% dos cozinheiros são estrangeiros. Os imigrantes também compõem uma parcela relevante dos trabalhadores da indústria de viagens americana. Segundo a AHLA, pelo menos um terço dos trabalhadores empregados no setor são estrangeiros.
