Um homem de 28 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar acusado de matar uma criança de um ano e onze meses de idade após ter atirado contra um carro durante uma briga de trânsito em Areia Branca, no agreste de Sergipe, na terça-feira, 24. A bebê, Layla Sofia Santos Menezes, estava com os pais no carro e foi atingida e morta por um disparo. Ela faria dois anos de idade nesta quinta-feira, 26;
Segundo a polícia, Alex de Oliveira Nunes teria disparado contra o outro veículo após ter tentado ultrapassá-lo e não ter conseguido. Depois de atirar, ele fugiu, mas as imagens do crime foram captadas por câmeras de segurança. Ele foi preso em uma residência onde foram localizados a arma, carregadores, o veículo, as roupas e o chapéu utilizado no crime.
Segundo a Polícia Civil, o autor do disparo teria como alvo o pai da criança, que conduzia o veículo no momento da ocorrência. No entanto, o tiro acabou atingindo fatalmente a criança, que estava no banco de trás, ao lado da mãe, posicionada atrás do motorista.
O Instituto de Criminalística conduziu uma perícia para esclarecer a dinâmica do crime, especialmente para determinar o ângulo do disparo, a trajetória do projétil e a distância do tiro, além de identificar possíveis vestígios deixados no carro, como marcas de impacto, resíduos de pólvora ou fragmentos do projétil.
Confissão
Segundo a polícia de Itabaiana, ele admitiu em interrogatório a autoria do crime e alegou que o tiro teria sido motivado por uma discussão banal. “Ele disse que houve uma desavença por causa de uma ultrapassagem, mas que a rua era larga o suficiente. Mesmo assim, sob efeito de álcool, efetuou os disparos sem saber quem estava no outro carro. Ao saber que havia matado uma criança, ele demonstrou arrependimento, disse que também era pai de dois filhos, que sabia que havia errado e, por isso, resolveu confessar a investida criminosa”, relatou o delegado Miguel Maximino, responsável pela investigação.
Já sobre a arma utilizada no crime, o delegado informou que o investigado não tinha qualquer tipo de registro do armamento. “Ele alegou que comprou a arma de forma clandestina, há cerca de dois anos, de um caminhoneiro em Itabaiana por 8.000 reais. Isso demonstra que ele já utilizava a arma como um acessório pessoal”, declarou. Segundo Maximino, o suspeito também será indiciado por porte ilegal de arma e corrupção de menores, haja vista a presença de uma adolescente no veículo no momento do crime.
Durante o interrogatório, ele também admitiu outro crime. “Uma tentativa de homicídio que ocorreu há cerca de dois anos, também em Areia Branca. Na ocasião, ele teria discutido com um homem alcoolizado e efetuado um disparo. Esse crime estava sendo investigado, mas ainda não tínhamos elementos suficientes para o indiciamento”, disse Maximino, destacando que as investigações terão continuidade.
