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Hamas reivindica autoria de ataque terrorista que matou 6 em Jerusalém

O braço armado do Hamas, chamdo Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, reivindicou a responsabilidade pelo ataque terrorista que resultou na morte de seis pessoas em Jerusalém Oriental na última segunda-feira, 8. Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 9, a organização palestina disse que Muhammad Taha e Mothanna Amro, autores do atentado, eram integrantes do grupo.

As brigadas não forneceram informações sobre o planejamento ou execução do ataque, mas autoridades israelenses informaram que o episódio aconteceu por volta das 10h15 locais (4h15 no horário de Brasília), quando os dois terroristas se aproximaram de um ponto de ônibus no trevo de Ramot e abriram fogo contra civis. Taha e Amro foram mortos após dois cidadãos israelenses revidarem. No carro dos radicais palestinos foi possível encontrar armas, munições e uma faca.

O Hamas não reivindicou imediatamente a autoria pelo atentado, mas elogiou os criminosos, chamando-os de “combatentes da resistência”. Postura semelhante foi vista pela Jihad Islamica Palestina, movimento atuante na Faixa de Gaza, que celebrou o crime. Por outro lado, a Autoridade Nacional Palestina, governante nominal da Cisjordânia, emitiu uma nota condenando “qualquer dano a civis palestinos e israelenses” e rejeitando “todas as formas de violência, independente de sua origem”.

Como consequência do episódio, Tel Aviv afirmou que vai demolir as residências onde a dupla morava, localizadas nas cidades de Qatanna e Quebeiba, na Cisjordânia. Israel também irá revogar as autorizações de trabalho de todos os 750 moradores dos vilarejos palestinos. A declaração foi feita nesta terça pelo ministro da defesa israelense, Israel Katz.

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A decisão deve afetar profundamente os moradores locais, já que o trabalho em Israel é a principal fonte de renda para muitas autoridades palestinas. Tel Aviv defende que a medida, assim como a demolição da casa dos agressores e seus vizinhos, é uma forma de dissuasão contra futuros ataques. No entanto, grupos de direitos humanos afirmam que a decisão é uma forma de punição coletiva, algo proibido pelo direito internacional.

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O episódio também parece ter se tornado uma justificativa eficaz para a ampliação das ações militares israelenses em Gaza. Katz prometeu, ainda na segunda, que “um poderoso furacão atingirá os céus da Cidade de Gaza”, atual foco das operações empreendidas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

Já o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, foi até o local do atentado e enfatizou que Israel luta uma “poderosa guerra contra o terror”. O premiê fez questão de instar a saída imediata dos moradores da maior cidade do enclave palestino. Mais cedo nesta terça, as IDF lançaram panfletos reiterando as ordens de retirada da população, em uma antecipação à invasão militar.

Tel Aviv também empreendeu um ataque coordenado contra lideranças de alto escalão do Hamas em Doha, no Qatar, que naquele momento se reunia para discutir a proposta de cessar-fogo do presidente americano Donald Trump em Gaza. O episódio foi condenado pelo Qatar, pelas Nações Unidas e por outros países árabes na região.
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