O Hamas deu uma primeira resposta nesta sexta-feira, 3, à proposta de paz em Gaza apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início da semana. O grupo palestino se disse pronto para libertar todos os reféns israelenses – tanto os vivos quanto os mortos –, de acordo com o plano do líder americano. No entanto, não seu sua chancela total a todos os 20 pontos do roteiro delineado pelo ocupante da Casa Branca.
“Neste contexto, o movimento afirma sua prontidão para entrar imediatamente em negociações por meio de mediadores para discutir os detalhes deste acordo”, disse o Hamas em um comunicado compartilhado no Telegram.
Em contrapartida, o grupo pede o fim permanente da guerra em Gaza e a retirada completa das forças israelenses do enclave.
O comunicado também afirmou que concorda em entregar a administração de Gaza a uma comissão independente de tecnocratas composta por palestinos qualificados e especialistas internacionais, “com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”.
“Outras questões mencionadas na proposta do presidente Trump em relação ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino estão relacionadas a uma posição nacional unificada e às leis e resoluções internacionais relevantes”, disse o Hamas. Elas “serão abordadas por meio de uma estrutura nacional palestina abrangente, na qual o Hamas participará e contribuirá de forma responsável”.
Portanto, o grupo indicou que não está disposto a cumprir um dos pontos da proposta, de se afastar completamente da política de Gaza.
Mais cedo nesta sexta, o Hamas havia dito que precisava de mais tempo para estudar o plano, mas Trump fez um ultimato, dando até às 19h de domingo, dia 5, para uma resposta final.