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Greve dos caminhoneiros é até agora um grande fracasso em todo o país

As principais rodovias do Brasil não registraram nenhuma paralisação de caminhoneiros até o fim da manhã desta quinta-feira, 4, como estava previsto por alguns integrantes da categoria, que chegaram a registrar na Presidência da República a intenção de bloqueio para reivindicar melhorias para a classe.

Em rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registrou, até o momento, nenhum bloqueio de pistas. Rodovias estaduais importantes, como a dos Bandeirantes (SP-348), que liga São Paulo a Campinas, o tráfego é considerado normal nos 81 km que separam a capital de uma das mais importantes cidades do interior paulista. Trechos de estradas monitoradas pelo Departamento de Estrada e Rodagem (DER) de São Paulo também não registraram movimentação no sentido de paralisação das pistas. Em rodovias fluminenses também não há registro de paralisações.

A intenção de paralisação partiu de um encontro entre Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, que representa a União Brasileira dos Caminhoneiros, e Sebastião Coelho, desembargador aposentado que ofereceu apoio jurídico ao movimento. A paralisação da categoria tinha como objetivo melhorias para a classe, como aposentadoria especial, reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e estabilidade contratual da categoria.

O movimento serviu para animar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que viram uma oportunidade para tentar reivindicar também  anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro, o ex-presidente e seus ex-auxiliares, recentemente presos para começo de cumprimento de penas impostas por condenação pela trama golpista.

Chicão (de boné) ao lado de advogados ao chegar na Presidência da República
Chicão (de boné) ao lado de advogados ao chegar na Presidência da Repúblicadesembargadorsebastiaocoelho/Reprodução
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Chicão Caminhoneiro afirmou em uma gravação que conversou com outros líderes da categoria sobre a paralisação. Ele afirmou ainda que a categoria não pode impedir o direito de ir e vir das pessoas. “Temos que respeitar toda a legislação que é imposta à categoria no sentido de permitir o livre trânsito das pessoas”, disse. Depois de deixar a Presidência da República, onde protocolaram o aviso de greve, não ocorreram novas manifestações do grupo. Em agosto deste ano, Coelho e Chicão também fizeram publicação sobre uma possível paralisação no país, o que não ocorreu.

Caos em 2018

Em 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), caminhoneiros fecharam diversas rodovias brasileiras insatisfeitos com aumento dos combustíveis. À época, com a logística interrompida, produtos em supermercados começaram a faltar. Foram dez dias que se tornaram uma crise para o governo federal, que precisou negociar e aceitar parcialmente as condições da categoria.

Em 2021, caminhoneiros se deslocaram para Brasília para o 7 de Setembro, quando diversos apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro se posicionaram nas proximidades da Praça dos Três Poderes em manifestação contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O reforço do policiamento, por determinação de Luiz Fux, então presidente da Corte, junto ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), garantiu movimento pacífico.

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