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‘Grave retrocesso’, diz Gleisi Hoffmann sobre votação do PL da Dosimetria

A ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann chamou a votação do PL da Dosimetria de “grave retrocesso” e disse que o governo vai encaminhar voto contra a proposta que pode tirar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão pela tentativa de dar um golpe de estado, da prisão. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que vai colocar o projeto em votação ainda nesta terça-feira, 9.

“O governo encaminhará voto contra o projeto de lei que reduz as penas aplicadas pelo STF aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, que culminou na invasão e depredação da praça dos Três Poderes em 8 de janeiro. É muito grave este retrocesso na sequência de um julgamento histórico, que pela primeira vez condenou os chefes de um atentado contra a democracia, incluindo um ex-presidente e oficiais generais”, escreveu a ministra no X (antigo Twitter).

A decisão de Motta de colocar o projeto em pauta também foi criticada pelo líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), que atribuiu a movimentação do presidente da Câmara a uma tentativa de agradar ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que anunciou na última sexta, 5, que foi escolhido pelo seu pai para sucedê-lo na corrida presidencial de 2026. Desde então, ele já admitiu que podia retirar a sua pré-candidatura desde que a anistia fosse aprovada e depois voltou atrás, dizendo que não deixará de disputar o Planalto. Ontem o senador esteve reunido com lideranças dos partidos que, segundo ele, se comprometeram a avaliar a movimentação com suas bases.

Se o PL da Dosimetria passar da forma como propõe o relatório do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tanto os radicais que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro podem ser beneficiados. O ex-mandatário teria sua pena drasticamente reduzida e, em dois anos e três meses, já poderá pleitear a progressão do regime para o semiaberto, condição na qual pode sair à rua durante o dia, trabalhar e exercer atividades políticas.

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