O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs restrições e revogou vistos de vários funcionários do governo do Brasil e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde por “cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano no programa Mais Médicos”, informou o Departamento de Estado nesta quarta-feira, 13.
Em publicação nas redes sociais, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que o Mais Médicos seria um “esquema de exportação de trabalho forçado”, assim como um “golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”.
https://x.com/SecRubio/status/1955735248744177941
O Departamento de Estado não informou quantas autoridades foram sancionadas, mas informou que revogou os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, funcionários do Ministério da Saúde vistos pela agência como fundamentais na implementação do Mais Médicos.
Desde 2019, o Departamento de Estado dos EUA classifica as missões médicas de Cuba como “trabalho forçado”.
Entre os anos de 2013 e 2018, cerca de 8 mil médicos cubanos trabalharam no Brasil em razão de um acordo entre os países para prestar serviços em áreas remotas do Brasil. Em 2023, com o retorno de Lula ao Planalto, houve um relançamento do programa, que conseguiu dobrar o número de profissionais: de 13.000 para os 26.700 atuais. No mesmo ano, houve ainda a ampliação de vagas para territórios como municípios da Amazônia Legal.