O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tommy Pigott, anunciou nesta segunda-feira, 22, que diplomatas do Irã estarão proibidos de visitar “lojas de atacado” e de fazer compras de artigos de luxo durante a viagem a Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas, a não ser que obtenham autorização do governo de Donald Trump. As autoridades iranianas deverão permanecer restritas “às áreas estritamente necessárias para transitar de e para o distrito da sede da ONU para conduzir seus negócios oficiais”.
“Não permitiremos que o regime iraniano permita que suas elites clericais façam compras em Nova York enquanto o povo iraniano sofre com a pobreza, infraestrutura em ruínas e terrível escassez de água e eletricidade”, afirmou Pigott.
A delegação deverão obter aprovação para comprar “em qualquer loja de atacado do clube nos Estados Unidos, incluindo, mas não se limitando a, Costco, Sam’s Club ou BJ’s Wholesale Club”, incluindo os estabelecimentos situados nos arredores da Missão Iraniana em Nova York. Os diplomatas também precisarão ser autorizados para comprar “itens de luxo” de mais de US$ 1.000 (cerca de R$ 5335), como joias e eletrônicos, e carros avaliados acima de US$ 60.000 (mais de R$ 320.000).
+ Gaza, Ucrânia e críticas a Trump: o que esperar da Assembleia Geral da ONU nesta terça
‘Agenda terrorista’
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, estará à frente da delegação do país à sede da ONU, que acontecerá em meio a tensões sobre a provável reimposição de todas as sanções das Nações Unidas suspensas sob o acordo nuclear com Teerã. Para além do cerco aos iranianos, o governo Trump bloqueou a emissão de vistos para a Autoridade Palestina, incluindo o presidente Mahmoud Abbas.
“A segurança dos americanos é sempre nossa prioridade, e os Estados Unidos não permitirão que o regime iraniano use a AGNU (Assembleia Geral da ONU, na sigla em inglês) como desculpa para viajar livremente em Nova York para promover sua agenda terrorista”, disse o porta-voz americano.
“Ao impedir que autoridades do regime iraniano explorem viagens diplomáticas à ONU como meio de obter bens indisponíveis ao público iraniano, estamos enviando uma mensagem clara: quando os Estados Unidos dizem que apoiam o povo do Irã, é isso que queremos dizer”, continuou. “As ações de hoje reafirmam o compromisso inabalável dos Estados Unidos em apoiar o povo iraniano em sua busca por responsabilização perante o regime e por uma vida melhor.”