O governo reduziu a projeção de crescimento para a economia brasileira em 2025. Divulgado nesta quinta-feira, o Boletim Macrofiscal estima que o Produto Interno Bruto avance 2,2%, ante 2,3% da versão anterior.
“A revisão está relacionada à menor projeção de expansão para o PIB do terceiro trimestre, impactando também as previsões para o trimestre à frente”, diz o relatório. O governo baixou a estimativa de alta do PIB no terceiro trimestre de 0,4% para 0,3%.
As estimativas para o crescimento dos setores produtivos também foram ajustadas. Para a agropecuária, o governo reviu para cima a projeção e indica alta de 9,5%, ante alta de 8,3% prevista na versão anterior do documento. Para a indústria e serviços, as projeções recuaram respectivamente de 1,4% para 1,3% e de 2,1% para 1,9%.
Para 2026, a estimativa foi mantida em 2,4%, repercutindo desaceleração da atividade agropecuária, mas maior expansão da indústria e dos serviços comparativamente a 2025, segundo o boletim.
Para a inflação de 2025, a projeção também caiu: de 4,8% para 4,6%. “A perspectiva de menor inflação no ano reflete efeitos defasados do real mais apreciado; a menor inflação no atacado agropecuário e industrial; e o excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo dos conflitos comerciais”, diz o texto. Essa estimativa considera bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica em dezembro, diz o governo.
Apesar do recuo, a previsão do próprio governo é que o IPCA, índice que mede a inflação oficial do Brasil, fure o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, o objetivo do governo era registrar inflação de 3%, com tolerância de até 4,5% ao ano. Para 2026, a projeção para a inflação medida pelo IPCA caiu de 3,6% para 3,5%, atingindo 3,2% no segundo trimestre de 2027, horizonte relevante de política monetária.