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Governo Lula dorme no ponto e amarga três derrotas no Congresso

Era para ser uma semana só de comemoração no Palácio do Planalto. A popularidade do presidente Lula subiu nas pesquisas, e integrantes da família de Jair Bolsonaro, incluindo o ex-presidente, foram desmoralizados por mensagens divulgadas pela  Polícia Federal.

Mas por descuido na articulação política, área em que sempre enfrentou problemas, o governo amargou três derrotas no Congresso. Na mais importante delas, uma articulação do Centrão com a oposição tirou os cargos de presidente e relator da CPI do INSS das mão de aliados de Lula, que já haviam sido até anunciados.

Numa reviravolta articulada pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, foi escolhido para comandar a comissão, enquanto  o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) ficou com o papel de relator.

Foi uma tremenda bola nas costas da equipe de Lula, que contava com os aliados Omar Aziz (PSD-AM) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO) nas funções. A VEJA, Gaspar disse ter sido uma escolha pessoal do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que debate internamente a possibilidade de desembarcar da gestão Lula. “Vou ser coerente com a verdade dos fatos”, avisou Gaspar.

Parlamentares da oposição já anunciaram que jogarão todos os holofotes sobre um dos irmãos de Lula, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), investigado por desconto indevidos em benefícios pagos pelo INSS. “O time entrou de salto alto, subestimou o adversário”, reconheceu o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

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Voto impresso e mineração em terras indígenas

Houve outros dois reveses, mas de impacto menor e de reversão mais fácil. Na quarta-feira 20, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto que atualiza o Código Eleitoral, incluindo o voto impresso. A urna eletrônica, se a nova regra for aprovada, terá de imprimir o registro de cada voto, e o comprovante será depositado em outra urna lacrada, para eventual auditoria.

O voto impresso é uma pauta da oposição. O Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou que ele é inconstitucional, por violar o sigilo do voto. Também na quarta-feira, a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou projeto que regulamenta o garimpo em terras indígenas, com discursos contrários de parlamentares do PT. O teto segue para a Comissão do Meio Ambiente e pode virar dor de cabeça para o governo, às voltas com a organização da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, que será realizada no início de novembro.

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