O Governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou, na manhã desta quinta-feira, 14, a retirada dos 60 milhões de litros de água adicionados em 2018 para auxiliar na sustentação da estrutura da Estação Gávea, na Linha 4 do metrô, na Zona Sul da cidade. A medida marca oficialmente a retomada das obras, iniciadas em 2013 e interrompidas por mais de 10 anos.
O esvaziamento será realizado lentamente, para não comprometer estruturas próximas, e está previsto para durar quatro meses. A previsão é de que 250 mil litros de água sejam esgotados do local a cada 24 horas, o que representa a retirada de meio metro de altura de água por dia. Atualmente, existem dois poços interligados, com 18 metros de diâmetro e 45 metros de profundidade cada. Após o término das escavações, eles chegarão a 52 metros.
O deságue é feito por tubulações subterrâneas provisórias, instaladas sob a Avenida Padre Leonel Franca, passando por uma caixa de decantação até o curso do canal do Rio Rainha. De lá, segue para o canal da Avenida Visconde de Albuquerque e, então, para o mar.
“Este é o marco inicial da retomada da construção da estação Gávea. A partir deste momento, a obra só será interrompida quando for concluída e entregue à população, com previsão de 36 meses de intervenção. O Governo do Estado trouxe a solução para um problema que representava risco para a região e, quando a obra terminar, mais de 20 mil pessoas serão beneficiadas. O Estado pretende investir na expansão do sistema metroviário e está trabalhando para melhorar a mobilidade em várias frentes”, afirmou o governador Cláudio Castro.
Antes de serem esvaziados, foram instalados instrumentos para monitoramento em tempo real da estrutura até a finalização das intervenções. Durante toda a obra, o bombeamento do lençol freático seguirá ativo.
“A finalização da estação Gávea é um passo fundamental para viabilizar a expansão do metrô. Por isso, toda a negociação histórica feita para a retomada das obras e o esgotamento que começa hoje representam um marco para a mobilidade urbana do estado. Nos próximos meses, os moradores vão observar uma maior movimentação no pátio, com previsão de geração de 2.500 empregos no local, mas sem qualquer impacto no dia a dia da população”, destacou a secretária de Transporte e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a Riotrilhos acompanham o processo, realizado pelo Consórcio Construtor Gávea, contratado pela concessionária MetrôRio. A obra conta com todas as licenças ambientais aprovadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e tem monitoramento constante por equipamentos eletrônicos.
Próxima etapa da obra
Após o esgotamento dos poços, será iniciada a detonação de um trecho de 140 metros de extensão de rocha — cerca de 140 mil toneladas — que deverá ser retirado ao longo de 11 meses por caminhões basculantes. Em paralelo, outras frentes de trabalho seguirão em andamento, como o preparo para a instalação da via permanente e das estruturas das passagens de emergência.
Valores
O MetrôRio deverá investir R$ 600 milhões para a conclusão dos túneis e instalação de elevadores. O Governo do Estado será responsável por repassar R$ 97 milhões.
