O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), venceria com alguma folga qualquer um dos potenciais adversários apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso decidisse disputar a reeleição ao cargo, segundo levantamento feito entre os dias 9 e 12 de outubro pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta terça-feira, 14.
De acordo com a sondagem, se o principal concorrente fosse o ex-governador e hoje ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio teria 48,3% das intenções de voto contra 27,2% do seu concorrente — a margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Neste cenário, quem aparece em terceiro lugar é a deputada federal Erika Hilton (PSOL), com 9,5% — veja o quadro completo abaixo.
Já se o adversário de Tarcísio fosse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o atual governador de São Paulo teria 50,1% das intenções de voto contra 25,1% do petista. De novo, Erika Hilton seria a terceira colocada, agora com 8,8% — veja quadro completo abaixo.
Agora, se o rival fosse o também ex-governador e ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), Tarcísio teria 52,7% contra 12,6% do aliado de Lula — nesse caso, França estaria empatado tecnicamente com Erika Hilton, que aparece com 11,7% — veja quadro completo abaixo.
Sucessão presidencial
Embora venha dizendo que pretende disputar a reeleição em São Paulo, Tarcísio de Freitas está sendo tratado como potencial candidato da oposição a Lula na corrida presidencial do ano que vem. O governador tem o apoio das cúpulas das siglas do Centrão — como União Brasil, PP, Republicanos, PSD e MDB — e bom trânsito com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível e ainda não se decidiu sobre quem apoiar em 2026.
Já do lado do governo, tanto Alckmin quanto Haddad resistem a ir novamente para a disputa ao governo de São Paulo. O ministro da Fazenda foi derrotado por Tarcísio nessa mesma disputa em 2022, no segundo turno. Já o vice-presidente governou o estado por quatro mandatos e estaria mais interessado hoje em manter o posto de vice-presidente da República.
Diante da falta de outros concorrentes fortes, no entanto, parte expressiva do governismo pressiona Haddad e Alckmin a irem para a disputa em São Paulo, tanto para o governo quanto para o Senado.
Levantamento
A pesquisa ouviu 1,680 eleitores em 86 municípios de São Paulo.
