Em reação a uma postagem feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou neste domingo que o ex-mandatário mente ao tentar comparar o recurso protocolado pelo PT na Justiça Eleitoral em 2018 à suposta tentativa de golpe orquestrada pelo político do PL e outros aliados após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
“A principal diferença é que nós fomos buscar o direito na Justiça e Bolsonaro tentou dar um golpe contra a eleição de Lula”, escreveu Gleisi em sua página oficial no X.
A postagem da auxiliar de Lula foi feita após Bolsonaro ter publicado um vídeo de Gleisi, de 2018, quando ela levantou a possibilidade de fraude nas eleições em que o ex-presidente foi eleito ara comandar o Palácio do Planalto.
“Deixo aqui meu sincero questionamento: por que, quando alguém apenas propõe melhorias no processo eleitoral com o objetivo de fortalecer sua transparência, já se cogita inelegibilidade e até prisão, sob o pretexto de tentativa de Abolição do Estado Democrático de Direito ou algo do gênero? Mas quando outros afirmam algo muito mais grave, reina o silêncio institucional”, questionou Bolsonaro, em post acompanhado de um vídeo de Gleisi.
A ministra destaca ainda que, a pedido da coligação que sustentou a candidatura de Fernando Haddad, o TSE abriu duas investigações sobre os disparos em massa pelo Whatsapp financiados pela campanha de Bolsonaro, “espalhando mentiras e acusações falsas contra candidatos do PT”.
“E mesmo não tendo decretado a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, o TSE conclui em 2021 que nossa denúncia era verdadeira. Diz o relatório final das ações: ‘Inúmeras provas de natureza documental e testemunhal corroboram a assertiva de que, no mínimo desde o ano de 2017, pessoas próximas ao hoje presidente da República atuavam de modo permanente, amplo e constante na mobilização digital de eleitores, tendo como modus operandi o ataque a adversários políticos, a candidatos e, mais recentemente, às próprias instituições democráticas’”, concluiu a petista.