A maioria do eleitorado brasileiro discorda da aplicação da Lei Magnitsky pelo governo Donald Trump ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, segundo levantamento Genial/Quaest feito entre os dias 13 e 17 de agosto e divulgado nesta segunda-feira, 25.
De acordo com a pesquisa, 49% acham injusta a aplicação da lei contra o magistrado enquanto 39% a consideram justa — outros 12% não souberam ou não responderam. A pesquisa ouviu 2.004 eleitores e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A Lei Magnitsky é um instrumento jurídico que promove uma espécie de asfixia financeira contra os seus atingidos, que encontraram restrições severas para realizar movimentações financeiras, como o uso de cartão de crédito, em bancos ou empresas que estejam sob algum tipo de influência da legislação americana.
A aplicação da punição se deu em decorrência de lobby feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está autoexilado nos Estados Unidos desde abril, de onde tenta o apoio do establishment trumpista para pressionar as autoridades do Judiciário brasileiro e mudar a sorte do julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de estado.
Impeachment
A pesquisa perguntou também o que os brasileiros acham do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que se tornou uma das obsessões da direita bolsonarista, inclusive de sua representação no Congresso, que tem tentado emplacar a iniciativa — que não encontra eco nem mesmo em outros partidos de centro-direita e que tem poucas chances de prosperar (para ser concretizado, são necessários os votos de 54 dos 81 senadores).
Segundo a pesquisa, 46% aprovam o impeachment do magistrado, enquanto 43% dizem ser contrários — o que configura um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Pesquisa Genial/Quaest sobre o impeachment de Alexandre de Moraes
