Pelo menos 57 pessoas morreram em Gaza nas últimas 24 horas, muitas delas atingidas por ataques aéreos israelenses ou mortas enquanto buscavam ajuda humanitária. Testemunhas relataram que civis foram alvejados perto do cruzamento de Zikim, onde aguardavam a chegada de caminhões de alimentos. Com a fome se alastrando, multidões desesperadas têm se aglomerado em busca de assistência, em meio ao bloqueio imposto por Israel.
As negociações de paz, no entanto, estão paralisadas. Estados Unidos e Israel retiraram suas equipes de Doha após acusarem o Hamas de rejeitar um acordo. O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o grupo “não quer um cessar-fogo”, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que considera “opções alternativas”.
O Hamas, por sua vez, rebateu as acusações, classificando a retirada como uma tática de pressão. Egito e Qatar, mediadores do diálogo, esperam retomar as conversas em breve, mas as divergências persistem sobre a retirada de tropas israelenses e a troca de prisioneiros.
Enquanto isso, a população de Gaza sofre com a escassez extrema. O Programa Mundial de Alimentos alerta que mais de 90 mil mulheres e crianças precisam urgentemente de tratamento para desnutrição, com um em cada três gazenses passando dias sem comer. A ONU denuncia que as restrições israelenses impedem a distribuição eficaz de ajuda, enquanto Israel culpa a entidade pela lentidão.
