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Galípolo segura a onda e Fed deve ajudar, apesar de ruído em Brasília

Enquanto Brasília vai de pauta bomba, o Banco Central tenta manter a conversa em outro tom. O IPCA-15 de novembro veio em 0,20%, ligeiramente acima da medição anterior (0,18%), e colocou a inflação em 12 meses cravada em 4,5% — exatamente na banda superior da meta. Para Rodrigo Moliterno, sócio e head de renda variável da Veedha Investimentos, ouvido no Programa Mercado, o dado não chega a ser motivo de pânico: a tendência ainda é de desaceleração, mas devagar quase parando.

Do outro lado da mesa, Gabriel Galípolo, presidente do BC, fez uma espécie de mea culpa no Senado, lembrando que, em 11 meses de gestão, ainda não conseguiu entregar inflação no centro da meta, mas reforçou: o alvo continua sendo 3%, e não o teto “por conveniência”. O recado que agradou aos investidores, segundo Moliterno, foi justamente o tom técnico de Galípolo: nada de canetada política na Selic, mas disposição para afrouxar assim que os indicadores permitirem.

Lá fora, o pano de fundo ajuda. O Federal Reserve caminha para mais um corte de 0,25 ponto em dezembro, movimento que já tem probabilidade superior a 80% nas apostas de mercado. Se o Fed realmente aliviar a mão e o BC brasileiro confirmar o início do ciclo de queda da Selic em janeiro, a combinação tende a ser amigável para a B3 e para os ativos de risco locais. Desde que, claro, o barulho fiscal em Brasília não resolva estragar a festa antes da hora.

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