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“Gabinete do amor” x “Gabinete do ódio”: a resposta da esquerda nas redes sociais

Depois de reclamar publicamente sobre as dificuldades do governo e do PT em se comunicar com a população, principalmente pelas redes sociais, o presidente Lula e o partido passaram a apresentar melhoras significativas de desempenho nessas plataformas.

Nos últimos meses, empresas independentes detectaram, inclusive, algumas vitórias dos governistas sobre a direita nas redes – até então, um território que serviu para a oposição consolidar seu discurso e até eleger um presidente da República.

A melhora na performance envolveu a troca de pessoas que ocupavam cargos estratégicos na área de comunicação do Planalto e do PT, a adoção de uma linguagem mais apropriada para o digital, uma aproximação efetiva com influenciadores e produtores de conteúdo, além de investimentos na casa de 380 milhões de reais até outubro de 2025 para impulsionar redes como Facebook, Instagram, WhatsApp, TikTok e Kwai.

No Planalto, o presidente trocou  o comando da Secretaria de Comunicação, substituindo o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, responsável pela campanha vitoriosa de Lula sobre Jair Bolsonaro em 2022.

Assim como no Planalto, a recuperação do partido coincide com o início de um trabalho realizado por um novo marqueteiro. Filiado ao PT desde os 16 anos, Otávio Antunes é apontado pelos petistas como pai da ideia de começar a usar Inteligência Artificial na produção dos conteúdos.

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O “gabinete do amor”

A legenda montou uma equipe própria para tocar o dia a dia do setor de comunicação, até então gerenciado por uma agência externa. Hoje, são 50 pessoas que atuam nesse departamento. A  direção do PT reservou  um andar inteiro do prédio onde funciona a sede nacional da legenda, em Brasília, para hospedar a equipe. Lá, também foram construídos dois novos estúdios.

O PT lançou também o projeto Pode Espalhar — um grupo formado por mais de 100 influenciadores que, sob orientação da direção do partido, é encarregado de produzir conteúdos relacionados à pauta petista e  compartilhar o material com a rede de seguidores de cada um.

A ideia é ampliar o engajamento dos ativistas em torno de suas pautas nas plataformas de forma coordenada — o que a esquerda chama com certo cinismo de “gabinete do amor”, uma contraposição ao famoso “gabinete do ódio” da gestão Bolsonaro.

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Além de fazer propaganda dos feitos do governo, os canais do partido disparam petardos contra os adversários, comemoram reveses da oposição, elegem alvos políticos prioritários e, vez ou outra, escorregam em postagens que poderiam ser classificadas como “fake news”.

Para os opositores, essa performance é ilusória, criada a partir de robôs e muito dinheiro.

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