O gabinete político e de segurança de Israel aprovou nesta sexta-feira, 8, um plano para assumir o controle da Cidade de Gaza, no norte do enclave, uma medida que vai expandir as operações militares, apesar das críticas crescentes, tanto no país quanto no exterior, à guerra.
Partidos religiosos de extrema direita que fazem parte da coalizão que sustenta o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no poder têm insistido na tomada total de Gaza — parte de sua promessa de eliminar completamente o Hamas. Tanto o grupo terrorista como autoridades militares de Israel e familiares dos reféns lançaram alertas de que isso poderia colocar em risco a vida dos cativos ainda no enclave.
Segundo Tel Aviv, há 50 pessoas ainda em posse do Hamas, 20 das quais acredita-se estarem vivas. Seus parentes defendem a assinatura de um cessar-fogo para a sua libertação.
A decisão do gabinete foi tomada após várias tentativas frustradas de mediar um novo acordo de trégua e em meio à crescente indignação internacional com as imagens de crianças palestinas famintas, retrato do agravamento do desastre humanitário no enclave destruído.
“As Forças de Defesa de Israel (IDF) se prepararão para assumir o controle da Cidade de Gaza, enquanto fornecem ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate”, afirmou o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
Embora o premiê tenha dito na quinta-feira que Israel pretendia assumir o controle militar de toda a Faixa de Gaza, o plano aprovado na sexta-feira se concentrou especificamente na extensa Cidade de Gaza, o maior centro urbano do território, localizado ao norte.