Com a seca dos tradicionais IPOs na bolsa há quatro anos, o setor imobiliário – que sempre foi um setor cujo crescimento dependeu justamente de injeções de capital e teve o IPO como grande propulsor – vê crescer uma alternativa para capitalização. Tratam-se dos fundos de permuta. O sócio-fundador da boutique de assessoria financeira Seneca Evercore, Daniel Wainstein, define o modelo como o “IPO dos projetos de incorporação”.
Nesse formato, investidores financeiros passam a ter participação nos empreendimentos imobiliários — ao invés de participação na empresa incorporadora –, enquanto os incorporadores obtêm os recursos necessários para tocar seus projetos. “O modelo elimina os altos custos de uma listagem em bolsa, como as obrigações regulatórias e a manutenção da relação com investidores. Isso somente se tornou viável recentemente uma vez que o mercado investidor imobiliário cresceu muito, enquanto investidores buscam investir seus recursos em fundos focados nesse mercado”, conta Wainstein.
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