O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está otimista em relação ao volume de recursos que será angariado pelo Fundo das Florestas Tropicais (TFFF, na sigla em inglês), uma das principais bandeiras do governo brasileiro na COP30, a conferência climática das Nações Unidas que acontece em Belém (PA), pelas próximas duas semanas.
“Acredito que vamos superar, durante a presidência do Brasil, os 10 bilhões de dólares”, disse o ministro durante entrevista ao canal CNN Brasil, nesta segunda-feira, 10. A COP30 marca o início da gestão brasileira da iniciativa climática da ONU, que vai até dezembro de 2026.
Na última semana, a Alemanha frustrou ativistas ambientais ao não anunciar o valor que deve aportar no Fundo das Florestas Tropicais. Haddad acredita, contudo, que o governo alemão deve anunciar a quantia ainda neste ano de 2025: “Tínhamos a expectativa de que já na COP a Alemanha anunciasse”, disse. “Eu calculo que até o final deste ano a Alemanha anuncie”, concluiu.
Também na última semana, na quinta-feira, 6, a Noruega divulgou que vai investir 3 bilhões de dólares no fundo ao longo dos próximos dez anos, elevando o total de aportes prometidos para 5,5 bilhões de dólares.
Os três ‘carros-chefes’ do Brasil na COP30
Haddad também elencou as demais propostas que considera prioritárias durante a conferência climática. Além do fundo para florestas, o ministro destacou a estruturação de um mercado internacional de carbono, no qual empresas compram e vendem créditos de carbono para atingirem metas de sustentabilidade, e o que chamou de taxonomia: “compatibilizar as classificações de atividades sustentáveis em todos os países para que o meio ambiente não seja usado com mecanismo protecionista e possamos estabelecer regras claras”, explicou.
Haddad classificou as três iniciativas como “os carros chefes do Brasil na COP30”. “São todas propostas muito engenhosas, criativas e factíveis do ponto de vista prático”, disse.
