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Frantz Fanon: Lançamentos literários homenageiam centenário do médico e ativista

Frantz Fanon, psiquiatra de Martinica, região colonizada pela França em 1635, foi um dos nomes mais relevantes da história ocidental na discussão sobre colonialismo e saúde mental da população negra. Seu caminho se cruzou com a Revolução Argelina, iniciada em 1954 contra o domínio da França. Pela sua profissão médica, Fanon se envolveu com o conflito por atender tanto pessoas que lutavam ao lado da revolução quanto as que lutavam contra ela. Dois anos depois, decidiu que se uniria aos revolucionários e lutou pela independência argelina ao lado da Frente de Libertação Nacional (FLN), tendo como foco a observação do sofrimento psíquico de um povo que buscava de forma consistente a sua independência. 5 anos depois, veio ao mundo O Ano V da Revolução Argelina: O Fim do Colonialismo, de 1959, publicado no Brasil em 2025 pela Zahar — uma das ações em comemoração ao centenário de Fanon, celebrado neste mês de julho.

O colonialismo luta para reforçar seu domínio e a exploração humana e econômica. Ele luta também para manter idênticas a imagem que tem dos argelinos e a imagem depreciada que a Argélia tinha de si mesma

Frantz Fanon em ‘O Ano V da Revolução Argelina’

Além da Zahar, as editoras Boitempo, Todavia, Ubu e Veneta se reuniram em uma ação coletiva para lançar novas edições da obra de Fanon e homenageá-lo a partir da divulgação de obras dele e sobre ele já existentes em seus catálogos. 

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Sua vida breve, encerrada por uma leucemia aos 36 anos, não foi suficiente para deixá-lo preso em uma época da história. Em Pensar Fanon, da Ubu Editora, há uma reunião de ensaios de nomes como Bell Hooks, Achille Mbembe — escritor de Necropolítica — e Aimé Césaire sobre Fanon e aspectos de sua obra, demonstrando que suas pautas permanecem mais atuais do que nunca. No texto Fanon e a Palestina: A Luta por Justiça como o Cerne da Saúde Mental, as autoras Samah Jabr e Elizabeth Berger analisam o impacto dos estudos de Fanon sobre sofrimento psíquico em sujeitos oprimidos na Palestina, embora o território não tenha sido alvo direto do trabalho do psiquiatra em vida. Em outros textos, se pensa sobre Fanon na discussão sobre mulheres negras, sobre feminismo e muitas outras vertentes do pensamento decolonial que são possíveis de desbravar a partir da obra do psiquiatra. 

Confira os lançamentos do centenário de Frantz Fanon: 

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E demais livros do catálogo, de autoria de Fanon ou sobre sua obra e trajetória: 

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