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França primeiro: Bardella diz não precisar de Trump para liderar

Jordan Bardella, líder do partido francês de extrema-direita Rassemblement National (RN), afirmou não precisar de apoio direto do ex-presidente americano Donald Trump para moldar o futuro político da França, mesmo compartilhando, em grande parte, sua visão sobre imigração e o que considera ameaça à identidade europeia.

Bardella disse que é contra qualquer forma de subserviência a potências estrangeiras e busca projetar uma imagem de autonomia nacional, enquanto se prepara para disputar a presidência em 2027.

O RN, fundado por Jean-Marie Le Pen em 1972 como Frente Nacional, consolidou-se como força política relevante na França, embora carregue um histórico controverso de extremismo e acusações de antissemitismo.

Bardella se esforça para se distanciar desse passado e apresentar o partido como uma alternativa de “recuperação nacional”, defendendo valores como secularismo e igualdade de gênero, além de prometer controle rigoroso da imigração e fechamento de mesquitas radicalizadas caso seja eleito.

Em entrevistas recentes, Bardella disse compartilhar “em grande parte” as preocupações expressas na nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, que alerta para o que o documento chama de “erosão civilizacional” na Europa, alimentada por políticas migratórias permissivas.

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Para ele, a imigração em massa e a laxidade dos governos europeus nos últimos 30 anos têm desestabilizado sociedades ocidentais, especialmente a francesa.

Ao mesmo tempo, ele evita se alinhar diretamente aos republicanos americanos, como faz a Alternativa para a Alemanha (AfD), percebendo que Trump é impopular na França.

Bardella também criticou o governo francês por excesso de tributação e regulação, considerando a economia “doente”, e prometeu reformas para liberar o crescimento.

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Em relação à guerra na Ucrânia, afirmou que a Rússia representa uma ameaça multidimensional, mas se declarou contrário ao envio de soldados franceses para o conflito, alegando que isso poderia agravar tensões, principalmente em um cenário nuclear.

Apesar da juventude, Bardella terá 31 anos se eleito, comparável aos 39 de Emmanuel Macron quando se tornou presidente, ele se apresenta como uma alternativa experiente dentro do RN, sobretudo diante da incerteza sobre a candidatura de Marine Le Pen, suspensa de concorrer por cinco anos após condenação por desvio de fundos europeus.

Pesquisas recentes indicam que Bardella lideraria a disputa interna do partido e se projeta como possível candidato à presidência, promovendo uma narrativa de renovação e autonomia nacional frente às pressões externas e internas.

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