O Fórum Mulheres Mercosul–UE desembarca em Brasília na próxima quinta-feira, 27, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para discutir como o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia pode incluir as mulheres como protagonistas. Negociado há mais de duas décadas, o acordo teve seu texto final aprovado mas ainda deve passar por ratificação pelos países até ser de fato implementado. Se aprovado deve criar a maior zona de livre comércio do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) conjunto de cerca de 22 trilhões de dólares e um mercado consumidor de 720 milhões de pessoas.
Depois da primeira edição em Lisboa, no fim de outubro, a capital federal receber lideranças empresariais, especialistas, gestoras públicas e representantes da sociedade civil para uma conversa sobre gênero, comércio e oportunidades econômicas que vão surgir para as mulheres, com o acordo.
O evento é organizado pelo Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa (CMNLP), que quer transformar o fórum em um espaço permanente de articulação. A ideia é simples e ambiciosa: garantir que as mulheres participem não só dos resultados do acordo, mas também da formulação das regras que vão impactar negócios em dois continentes.
A programação em Brasília terá painéis, plenárias e encontros de networking. Entre os temas, estão a inclusão de gênero nas negociações internacionais, o acesso de mulheres a crédito e ativos produtivos, o impulso ao empreendedorismo e políticas públicas que podem transformar esse discurso em prática.
“A proposta é que as mulheres sejam protagonistas e não apenas beneficiárias indiretas do acordo” ,diz Rijarda Aristóteles, fundadora e presidente do CMNLP.
O encontro em Brasília também abre caminho para a próxima parada do fórum: Fortaleza, no dia 3 de dezembro, na FIEC. O CMNLP, criado em 2020, já está presente em 18 países, conecta mais de 7 mil mulheres e tem mais de 300 embaixadoras espalhadas pelo mundo. As inscrições podem ser feitas no site do clube.