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Flávio Bolsonaro condena demissão de Washington Reis; Bacellar reage e ameaça desistir de candidatura

A tensão na política fluminense, com os olhos voltados para a cadeira principal do Palácio Laranjeiras em 2026, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira, 8, com a entrada em cena do senador Flávio Bolsonaro (PL). Ele cobrou, publicamente, a reversão da demissão de Washington Reis (MDB) da Secretaria de Transportes — decisão tomada na semana passada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), que estava no exercício do governo. A resposta não demorou: Bacellar reafirmou a ameaça de abandonar a disputa pelo Palácio Guanabara caso seja “passado por cima” por Cláudio Castro (PL).

A movimentação expõe a disputa por espaço no bolsonarismo fluminense — e o jogo de forças entre Bacellar e Reis, ambos interessados em se credenciar como herdeiros políticos do clã. A aliança entre a família Bolsonaro e os Reis é antiga: nas últimas eleições presidenciais, o grupo de Washington se engajou fortemente na campanha de Jair Bolsonaro no estado.

“O Rio de Janeiro precisa de equilíbrio e união. Sugeri ao governador que ele mesmo ou o próprio Rodrigo Bacellar, em entendimento, torne sem efeito a exoneração de Washington Reis. É uma grande liderança e é importante continuarmos juntos”, afirmou Flávio a VEJA.

Bacellar (União) ao lado dos irmãos e atuais desafetos Washington e Rosenverg Reis (MDB).
Bacellar (União) ao lado dos irmãos e atuais desafetos Washington e Rosenverg Reis (MDB).Reprodução/.

Bacellar, por sua vez, manteve o tom de ultimato já dado na última sexta-feira, em entrevista à TV Globo. Reiterou que não será candidato ao governo caso sua autoridade como governador em exercício seja desmoralizada pelo titular. “Não retiro uma vírgula do que disse”, afirmou.

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A exoneração de Reis foi oficializada durante a viagem de Castro a Portugal. De volta ao Brasil desde o fim de semana, o governador ainda não se manifestou sobre o impasse.

Na última sexta, Bacellar e Flávio Bolsonaro almoçaram juntos em Búzios, numa tentativa do deputado de obter apoio. O gesto público de Flávio, no entanto, sinaliza que o emedebista segue com prestígio no núcleo bolsonarista — o que acirra a disputa interna por quem representará o campo conservador fluminense nas urnas de 2026. Isso, claro, se Reis conseguir reverter sua inelegibilidade no Supremo Tribunal Federal.

Cenas para os próximos capítulos.

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