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Financiamento das florestas tropicais é ‘desafio do mundo moderno’, diz Alckmin sobre proposta da COP30

O vice-presidente Geraldo Alckmin aponta que garantir recursos financeiros para as florestas tropicais é um dos desafios mais importantes da atualidade. Uma das principais propostas que deve ser defendida pelo Brasil durante a COP30, a conferência ambiental das Nações Unidas, é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que tenta endereçar o problema. “Vamos recompor as nossas florestas para ter (abastecimento de) água. Essa é a coisa mais importante. É o desafio do mundo moderno”, disse Alckmin durante a inauguração de uma fábrica da Heineken, no município de Passos (MG), nesta quinta-feira, 6. A COP30, sediada em Belém (PA), tem início na próxima semana, mas a Cúpula dos Líderes, evento preparatório para a conferência, começou nesta quinta-feira.

“Estamos otimistas com o TFFF. Acho que vamos avançar e o planeta tem urgência”, disse o vice-presidente ao ser questionado por VEJA sobre a expectativa para a COP30. Também sobre a preservação de florestas tropicais, Alckmin afirma que três países têm um papel de destaque no mundo: Brasil, Indonésia e Congo. “A BIC (acrônimo dos três países) vai salvar o planeta das mudanças climáticas”. O Brasil conta com a maior floresta tropical do mundo, a floresta amazônica, enquanto a Indonésia e o Congo possuem as maiores florestas tropicais dos continentes asiático e africano, respectivamente. “Para nós que vivemos no trópico as consequências (das mudanças climáticas) são ainda maiores”, completou o vice-presidente.

Há cerca de um ano, o Brasil apresentou a meta de reduzir entre 59% a 67% das suas emissões de gases do efeito estufa até 2035. O nível de emissões de 2005 é utilizado como parâmetro para a meta. “É uma proposta ousada, mas ela é realista e factível”, avalia Alckmin. “No Brasil a maior emissão é o desmatamento. Nós vimos, infelizmente, um desmatamento alto na região amazônica. Isso reverteu de dois anos para cá. A meta é desmatamento ilegal zero e recompor a floresta”.

Além da retração do desmatamento na Amazônia, que foi de 11% entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo o governo federal, o vice-presidente afirma que o Brasil dá um bom exemplo ao mundo no setor de combustíveis. “Quem tem 30% de etanol na gasolina? Acabamos de passar de 27% para 30%. Quem tem 15% de biocombustível no diesel? Só o Brasil”, diz. Alckmin acredita que o país também será referência na adoção da SAF, o combustível sustentável para o setor de aviação, em substituição ao querosene.

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