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Filha de ministro do STF é xingada e agredida em Curitiba

A professora universitária e advogada Melina Fachin, que é filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, foi vítima de agressões verbais e alvo de uma cusparada de um homem na praça em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde ela é docente e diretora da Faculdade de Direito. Ela foi chamada de “lixo comunista”.

O episódio aconteceu na última sexta-feira, 12, no final da manhã, um dia depois de a Primeira Turma condenar Jair Bolsonaro e seus aliados a penas que beiram os trinta anos de prisão pela tentativa de golpe de estado. A professora ainda não se manifestou sobre o ocorrido, mas seu marido, o também advogado Marcos Gonçalves, disse nas redes sociais que o que aconteceu é fruto do “radicalismo de extrema direita”.

“Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso do ódio propalado desde o esgoto do radicalismo da extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto. (…) Se o porco imundo que atacou a professora tiver o mínimo de coragem, se apresente a mim, mostre sua cara”, escreveu no Instagram.

O agressor ainda não foi identificado. Questionada pela reportagem, a UFPR disse que “analisa a situação” e que o episódio “será debatido em reunião do Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD) da universidade na próxima terça-feira”. 

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Segundo a assessoria da professora, ela está bem, mas não irá se manifestar sobre o episódio. Melina Fachin recebeu apoio dos colegas docentes e também da Ordem dos Advogados do Brasil. “A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento — jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”, disse, em nota, o Conselho Federal da entidade de classe.

Precedente

Na mesma semana, outro episódio polêmico aconteceu na UFPR. Na terça-feira, 9, o advogado Jeffrey Chiquini (que defende o ex-assessor Filipe Martins no caso do golpe de estado) e o vereador curitibano Guilherme Kilter (Novo), ambos de direita, protagonizaram uma confusão na entrada de uma palestra na universidade.

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Segundo nota que a assessoria de Chiquini enviou à imprensa, os dois teriam sido “cercados e impedidos de falar” e “agredidos com com tapas e chutes”. Eles teriam chamado a Polícia Militar, que entrou no prédio da UFPR. A instituição repudiou o episódio e disse que a entrada dos agentes aconteceu “sem pedido institucional e com uso de força desproporcional”.

Não há, até o momento, provas de que os incidentes de terça e sexta estejam conectados. Porém, o genro do ministro disse, no comunicado que publicou nas suas redes sociais, que  a agressão de que a professora foi vítima “leva a assinatura de quem deu ensejo ao que se passou na UFPR no último dia 09/09, data em que os indigitados sujeitos incitaram a violência policial contra estudantes e contra a própria direção da Faculdade de Direito”.

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