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FBI prende suspeito de plantar bombas em Washington antes da invasão ao Capitólio

O FBI, o serviço doméstico de inteligência dos Estados Unidos, prendeu nesta quinta-feira, 4, Brian Cole Jr., 30 anos, suspeito de ter instalado duas bombas caseiras em Washington na noite de 5 de janeiro de 2021 — um dia antes da invasão ao Capitólio por apoiadores do presidente Donald Trump. A informação foi confirmada pela secretária de Justiça americana, Pam Bondi, que classificou a prisão como o desfecho de “um trabalho policial paciente e meticuloso”, após cinco anos de investigação.

Os explosivos foram deixados próximos às sedes dos Comitês Nacionais Democrata e Republicano, em pontos opostos da capital americana. Embora tenham sido desativados sem causar feridos, peritos afirmam que os dispositivos tinham potencial para serem letais. Durante cinco anos, a falta de respostas transformou o episódio em um terreno fértil para teorias conspiratórias — inclusive entre parlamentares e comentaristas republicanos.

Cole, morador de Woodbridge, na Virgínia, vivia com os pais e trabalhava em uma empresa de serviços para noivas. Agentes federais foram vistos entrando na casa da família e recolhendo materiais de um carro parado na garagem. Ele foi formalmente acusado de uso de artefatos explosivos e outras imputações podem surgir conforme o caso avançar.

A investigação que levou ao suspeito foi exaustiva. O FBI analisou milhares de horas de vídeo, revisou centenas de denúncias e divulgou, em janeiro deste ano, novas imagens e estimativas físicas do responsável captado pelas câmeras de segurança. Ainda assim, por meses, não se chegou a respostas.

Esse silêncio alimentou versões alternativas. Dan Bongino, hoje vice-diretor do FBI, chegou a insinuar, antes de chegar ao cargo, que o episódio poderia ter sido um “trabalho interno” e parte de uma “operação de acobertamento”. A própria demora em identificar o suspeito foi usada por aliados de Trump para atacar falhas de segurança e minimizar a gravidade da invasão.

Com a prisão de Cole, promotores avaliam novas acusações além do uso de dispositivos explosivos. A investigação segue em andamento para determinar se ele agiu sozinho e se houve relação direta entre as bombas e os eventos que levaram ao ataque ao Capitólio no dia seguinte.

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