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Farsante usou IA para imitar secretário de Estado dos EUA e enganou autoridades, diz jornal

Uma pessoa se passou pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e conseguiu contatar ministros das Relações Exteriores, um governador americano e um membro do Congresso dos Estados Unidos, revelou o jornal americano The Washington Post nesta terça-feira, 8, com base em um telegrama do Departamento de Estado. O impostor utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA) para imitar a voz de Rubio e o seu jeito de mandar mensagens.

Ainda não sabe quem estava por trás da personificação, mas o gabinete de Rubio acredita que o criminoso buscava “obter acesso a informações ou contas” através de autoridades governamentais dos EUA. Em meados de julho, o farsante usou o aplicativo de mensagens Signal — que esteve no centro de um escândalo militar após um jornalista ter sido incluído, por engano, em um grupo que debatia planos de ataques ao Iêmen — para criar uma conta no Signal com o nome “Marco.Rubio@state.gov”.

Com a conta, ele conseguiu contatar “pelo menos cinco indivíduos não pertencentes ao Departamento, incluindo três ministros das Relações Exteriores, um governador dos EUA e um membro do Congresso dos EUA”. Segundo o telegrama, datado de 3 de julho, o charlatão “deixou mensagens de voz no Signal para pelo menos dois indivíduos visados ​​e, em um caso, enviou uma mensagem de texto convidando o indivíduo a se comunicar pelo Signal”.

+ Revista divulga trechos de mensagens sobre planos confidenciais dos EUA para ataques ao Iêmen

História repetida

A quebra de segurança tem sido frequente no governo de Donald Trump. Um mês após o caso do Iêmen, em abril, um suposto membro do Departamento de Estado “conduziu uma campanha de phishing (ataque cibernético que induz ao compartilhamento de dados) envolvendo contas pessoais do Gmail associadas a acadêmicos de centros de estudos, ativistas e dissidentes baseados no Leste Europeu, jornalistas e ex-funcionários”.

Um mês mais tarde, o celular da chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, foi invadido. O criminoso conseguiu fazer ligações e enviar mensagens para senadores, governadores e executivos, segundo o jornal americano The Wall Street Journal. O episódio levou à abertura de uma investigação conduzida pela Casa Branca e pelo FBI.

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Ainda em maio, o FBI alertou que “atores mal-intencionados” tentavam se passar altos funcionários dos EUA em uma “campanha contínua de mensagens de texto e voz maliciosas” para “extrair informações ou fundos”. Na época, o serviço de Inteligência dos Estados Unidos orientou funcionários governamentais a desconfiarem de que mensagens de altos funcionários americanos fossem “autênticas”.

 

 

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