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Explosão em Mesquita deixa pelo menos oito mortos em distrito alauíta na Síria

Pelo menos oito pessoas morreram após a explosão de uma mesquita no oeste da Síria. O episódio aconteceu nesta sexta-feira, 26, no templo Imam Ali bin Abi Talib, localizado em um bairro de maioria alauita na cidade de Homs, capital da província homônima. Segundo o Ministério da Saúde local, outras 18 pessoas ficaram feridas no ataque.

Imagens divulgadas pela imprensa estatal síria mostram paramédicos e forças de segurança vasculhando os escombros da detonação, que teria sido causada por artefatos explosivos colocados no interior do templo. A mesquita aparece com manchas de sangue, janelas e paredes destruídas. O caso está sendo investigado pelas autoridades, que o definem como um “ato terrorista” com o objetivo de “desestabilizar o país” e “disseminar o caos entre o povo sírio”.

Para o presidente Ahmed al-Shaara, o atentado é mais um empecilho em sua busca por consolidar o controle da segurança no país que governa há pouco mais de um ano. Damasco vem sofrendo para amenizar as disputas internas entre vertentes islâmicas e vê os recentes ataques promovidos pelo grupo extremista Estado Islâmico (Isis) como um agravante para a problemática situação da Síria.

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Embora ninguém tenha reivindicado autoria pelo episódio, o ministro da Informação sírio Hamza al-Mustafa disse ser claro que “remanescentes do antigo regime, o Isis e colaboradores convergiram em um único objetivo: impedir o avanço do novo Estado (…) e desestabilizar a paz civil”.

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Desde a queda do ditador Bashar al-Assad, em dezembro do ano passado, as tensões entre muçulmanos sunitas e alauítas se intensificaram na Síria, frequentemente resultando em episódios de violência. Embora os sunitas sejam maioria no país, o líder deposto pertencia à minoria alauíta. Em Homs — cidade de maioria sunita — integrantes da comunidade alauíta relatam casos de sequestros e assassinatos de membros do grupo após a deposição de Assad.

A violência sectária tem deixado vítimas, com cerca de 1.400 pessoas sendo assassinadas na costa síria durante o mês de março. O local é considerado um reduto alauíta, e a grande maioria das vítimas pertencia a esta comunidade. As mortes ocorreram após confrontos entre tropas que apoiavam o governo de al-Shaara e aquelas que permaneceram leais ao regime deposto de Assad.

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