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Explosão de gás mata três policiais e deixa 17 feridos durante operação em fazenda na Itália

Três policiais morreram e outras 17 pessoas ficaram feridas após uma explosão de gás destruir parte de uma fazenda em Castel d’Azzano, na região do Vêneto, norte da Itália. O episódio aconteceu nesta terça-feira, 14, enquanto agentes de segurança tentavam cumprir um mandado de busca no local.

Identificados como Davide Bernardello, 36 anos, Marco Piffari e Valerio Daprà, ambos com 56, as vítimas pertenciam aos Carabinieri, a polícia militar italiana. Segundo o jornal local L’Arena, o trio morreu após uma detonação proposital causada pelos moradores da fazenda, os irmãos Dino, Franco e Maria Luisa Ramponi.

Agricultores e pecuaristas endividados, a família Ramponi já havia tido problemas com a Justiça italiana, tendo sido alvo de ordens prévias de despejo, que não foram cumpridas após reação violenta dos irmãos, que ameaçaram explodir e incendiar o local.

Nesta terça, agentes de segurança foram enviados até o imóvel para cumprir um mandado de busca, que procurava, entre outras coisas,  coquetéis molotov. Os policiais chegaram na fazenda por volta das 3h15 da manhã (22h15 de segunda-feira, no horário de Brasília) para evacuar a residência e dar início à revista.

Os irmãos resistiram à entrada das autoridades, o que levou, em um primeiro momento, ao envio de mediadores. Como a tentativa de diálogo não deu frutos, os Carabinieri foram acionados. “Ao entrar na casa, fomos confrontados com um ato de absoluta loucura”, disse o comandante da polícia, Claudio Papagno. No local, havia cinco ou seis botijões de gás, além de coquetéis molotov. 

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Devido à ação, Maria Luisa teria aberto um dos cilindros de gás, causando a explosão. A detonação, que aconteceu no primeiro andar do prédio, fez com que a estrutura da casa viesse abaixo. O estrondo resultante foi forte o suficiente para ser ouvido a 5 km de distância. Ela foi detida no local junto de um de seus irmãos, Dino. Ambos foram hospitalizados. O outro Ramponi, Franco, conseguiu escapar, mas foi encontrado pela polícia horas mais tarde. O trio irá responder pelo crime de homicídio.

A explosão deixou 17 pessoas feridas, incluindo membros dos Carabinieri, da polícia estadual e do Corpo de Bombeiros, além de dois dos irmãos. Até a última atualização, pelo menos cinco dos feridos já haviam recebido alta. De acordo com o promotor de Verona, Rafaele Tito, a casa onde moravam os irmãos estava em situação de aparente abandono e sem eletricidade. Ele definiu a conduta dos Ramponi como “homicídio premeditado”.

O caso chamou a atenção de autoridades italianas. Para o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, a explosão foi “terrível, muito dolorosa e dramática”. A primeira-ministra Giorgia Meloni também lamentou a perda dos Carabinieri, e lembrou “mais uma vez da bravura e do sacrifício diário daqueles que servem o Estado e seus cidadãos”. 

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Dino, Franco e Maria Luísa Ramponi receberam a primeira notificação de despejo em outubro de 2024. A medida decorria de uma hipoteca supostamente contraída em 2014, que comprometia seus campos e sua casa. A família alega nunca ter assinado os documentos do empréstimo e ser alvo de falsificação.

As ameaças de explosão não eram antigas. Durante as tentativas de desapropriação no ano passado, Franco e Maria Luísa chegaram a subir no telhado e abrir um botijão de gás. Somente após mediação de bombeiros e policiais se evitou que o pior acontecesse. Em outra ocasião, um dos irmãos chegou a se encharcar com gasolina e ameaçou se incendiar.

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