O grupo de executivos da Reag Investimentos finalizou a compra da gestora do ex-controlador João Carlos Mansur, alvo de busca e apreensão em uma megaoperação da Polícia Federal contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) no início de setembro.
O negócio foi anunciado no início de setembro, dias depois da operação contra a holding — que segue sob controle de Mansur — e tinha até 60 dias para ser concluído. Após due dilligence e cumprimento de condições precedentes, o processo levou apenas 40 dias, em processo chamado de “desintoxicação” por executivos da Reag Investimentos ouvidos pela coluna.
Agora, sob nova direção, a gestora vai passar por mudanças. Além do novo escritório, mais enxuto, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, e a venda de três subsidiárias que tinham fundos administrados pela Trustee DTVM, citada em operação da PF, a casa terá uma nova identidade e se chamará Arandu Partners.
A nova gestora nasce grande, com cerca de 6 bilhões de reais sob gestão em wealth management e 2 bilhões de reais em asset management. “Finalizamos a limpeza, com a separação do joio e do trigo. Agora vamos partir para a reorganização do negócio”, diz reservadamente um dos executivos à frente da Arandu Partners. “Em seis meses, queremos voltar a crescer. É o tempo que vai levar para o mercado nos desassociar do câncer que tivemos”.
