counter Executivos do Apple TV falam a VEJA sobre planos de produzir no Brasil – Forsething

Executivos do Apple TV falam a VEJA sobre planos de produzir no Brasil

Plataforma de streaming que se destaca no mercado por ofertar produções de boa qualidade e em menor escala, o Apple TV ainda não começou a produzir no Brasil. Enquanto Netflix, HBO Max e Disney+ investem em conteúdo brasileiro para gerar aproximação com o público e fomentar a indústria audiovisual local, o streaming da Apple segue em negociações, segundo apurou VEJA, para tirar do papel algum projeto que pareça interessante para a titã da tecnologia. Com a regulamentação do streaming no Brasil, talvez o Apple TV precise acelerar esse processo, já que tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que visa taxar as plataformas a fim de criar incentivos de produções nacionais.

Atualmente, o principal projeto em discussão é o PL 8.889/2017, que propõe a cobrança de uma contribuição (Condecine-streaming) com alíquota máxima de 4% sobre a receita bruta de empresas com faturamento superior a 96 milhões de reais, isentando as menores. O texto também busca garantir espaço para obras brasileiras nos catálogos.

Em Ted Lasso, série de comédia produzida e estrelada por Jason Sudeikis sobre o universo do futebol, nunca teve um jogador brasileiro como personagem em três temporadas. O Brasil, conhecido mundialmente como o país do futebol e único pentacampeão da Copa do Mundo, foi apenas mencionado em uma piada feita pelo personagem Nathan (Nick Mohammed) na segunda temporada, quando o assistente perguntou a Colin (Billy Harris) se ele se depilava, pois o jovem “tentava jogar como um brasileiro”.

Continua após a publicidade

O investimento em produções locais por parte do Apple TV é tratado internamente como uma questão estratégica e a empresa é cuidadosa em não antecipar qualquer novo capítulo, de forma a não dar munição à concorrência. “Nós estamos constantemente expandindo internacionalmente. O que nós miramos: programas, filmes locais que falem com o mundo, que falem com uma audiência global, seja em uma língua local ou em inglês, não importa. Drops of God é feita em três línguas, mas tem uma ótima forma de contar histórias que expande além de territórios, é isso que procuramos no final das contas. E, claro, o Brasil é um berço de ótimo entretenimento, tantas coisas ótimas e criativas saíram do Brasil. Nós acreditamos que há talentos incríveis que podemos trabalhar com. Mas estamos realmente procurando por histórias globais”, explicou Jamie Erlicht, executivo da Apple em entrevista exclusiva a VEJA.

Erlicht divide a função de comandar o conteúdo em vídeo global da Apple com Zack Van Amburg, que se mostrou animado em fazer reuniões com roteiristas do Brasil. “Você nos convidou para ir ao Brasil, vamos chamar todo mundo para conversar”, disse ele.

Continua após a publicidade

Eddy Cue, que responde diretamente a Tim Cook e supervisiona toda a área de serviços da Apple, celebra o momento bom que vive o Apple TV (que recentemente perdeu o sinal de “plus” de forma discreta. “Quando você começa do zero, leva um tempo para chegar até onde chegamos hoje, e estamos numa ótima posição, crescendo mais rápido do que nunca, temos mais audiência e mais shows do que nunca, são mais de 300 títulos no nosso catálogo. E ainda estamos disponíveis em todos os dispositivos possíveis, então, é ótimo ver que levamos seis anos para chegar aqui e nossos assinantes estão consumindo nosso conteúdo como nunca antes”, concluiu Cue.

Parece ser mesmo uma questão de tempo.

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

  • Tela Plana para novidades da TV e do streaming
  • O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
  • Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
  • Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial
Publicidade

About admin