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Ex-presidente do BRB disse a auxiliares que cumpria ordens de Ibaneis

Na última terça-feira, quando o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, estava nos Estados Unidos.

Investigado pela Polícia Federal por ter comprado 12 bilhões em títulos do Master com indícios de fraudes, o Banco de Brasília tem um escritório de inovação no Vale do Silício, na Califórnia.

Dos EUA, Paulo começou a disparar mensagens para auxiliares, tentando dimensionar o tamanho da crise. Demonstrando muito nervosismo, o ex-presidente do BRB deu as primeiras pistas dos argumentos que pretende apresentar em sua defesa.

Ordens do governador

Paulo Henrique Costa disse a auxiliares que todas as decisões do banco passavam pelo colegiado, eram referendadas em pareceres jurídicos e , o mais importante, que ele sempre obedecia ordens do governador do DF, Ibaneis Rocha.

O governo de Brasília é acionista majoritário do banco e o presidente é escolha pessoal dele.

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Nas conversas com auxiliares, Paulo Henrique disse que o governador interferia tanto nas grandes operações do banco quanto nas operações de varejo, incluindo empréstimos para empresas e pessoas físicas. Afirmou que ele tinha sempre que “dar satisfações” a Ibaneis sobre todas as decisões.

O ex-presidente do BRB também disse aos auxiliares que não tinha ideia da fraude envolvendo os ativos do Master. Nas conversas, Paulo Henrique ressaltou que cabia ao Banco Central, a autoridade monetária, acompanhar a fiscalização do Master.

O ex-presidente do BRB confidenciou a subordinados que Ibaneis não costumava ouvir seus conselhos, como o de não afrontar o Banco Central na época em que o governador endossou a estratégia de alguns políticos de pedir a cabeça de diretores da instituição que insistiam em investigar as operações com o Master.

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A discordância também incluiu, segundo ele, a publicidade com o Flamengo e a compra de imóveis para clientes especiais. Paulo Henrique também reclamava que Ibaneis chegou ao ponto de proibi-lo de conversar com alguns secretários do Governo do Distrito Federal sobre gastos com publicidade.

Na sexta-feira, o presidente do BRB divulgou uma nota. “Tenho convicção de que sempre atuei na proteção e nos melhores interesses do BRB, seguindo padrões de mercado. Vou colaborar pessoalmente com a investigação e seguirei fornecendo todas as informações e esclarecimentos necessários para a completa elucidação dos fatos”, ressaltou.

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