O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, de 70 anos, saberá nesta segunda-feira, 13, o dia em que será preso para começar a cumprir a pena imposta pela Justiça de cinco anos de prisão por conspiração criminosa envolvendo recursos oriundos da Líbia do então ditador Muammar Kadhafi para financiamento da campanha presidencial de 2007 — o ex-chefe do Poder Executivo francês entrou com recurso por classificar a sentença como “um escândalo”.
Para a Justiça francesa, entre 2005 e 2007, aliados de primeiro escalão de Sarkozy se reuniram com chefe de inteligência da então ditadura Kadhafi, Abdullah al-Senoussi, considerado terrorista por ataques na Europa. Para os magistrados franceses, Sarkozy, que governou a França entre 2007 e 2012, sabia das reuniões e não fez nada para impedi-las. Nos encontros, acordos financeiros ilícitos teriam ocorrido para financiar a campanha presidencial de 2007.
A condenação imposta a Sarkozy ocorreu no final de setembro deste ano. Em manifestação, o ex-presidente francês agradeceu mensagens de apoio dos aliados. “Desde 25 de setembro, dia em que fui condenado a cinco anos de prisão, recebi milhares e milhares de depoimentos. Eles me tocaram além do que você pode imaginar. Minha família ficou devastada”, disse em trecho de publicação nas redes sociais.
Mes chers amis.
Depuis le 25 septembre, le jour où j’ai été condamné à 5 années de prison, j’ai reçu des milliers et des milliers de témoignages. Ils m’ont touché au-delà de ce que vous pouvez imaginer. Ma famille en a été bouleversée. Et moi-même, toute cette affection,… pic.twitter.com/pTKcyvHQNy— Nicolas Sarkozy (@NicolasSarkozy) October 2, 2025
Sarkozy entrou com recurso em uma tentativa de reverter a condenação, mas a apelação ainda não foi analisada na Justiça. Ele e sua defesa afirmam inocência e que a base para condenação não tem nenhuma prova de ligação com a então ditadura da Líbia. Depois de deixar o governo da França, Sarkozy não continuou na política, apesar de manter influência nacional.
