Reduto de Jair Bolsonaro, o estado do Rio de Janeiro é tratado com especial atenção pelo partido do ex-presidente, o PL, de olho nas eleições do ano que vem. Para o pleito majoritário, a prioridade já foi definida: reeleger Flávio Bolsonaro (PL) ao Senado e, de preferência, levar também a segunda vaga para a Casa, vista como crucial para os planos do bolsonarismo. Mas, como a direita fluminense vive indefinição sobre quem será o candidato a governador escolhido para rivalizar com o prefeito Eduardo Paes (PSD), a sigla já avalia nomes que poderiam ter bom desempenho nessa empreitada.
A um ano da eleição, o debate interno é ainda incipiente. Mas apesar de a cúpula da legenda afirmar publicamente que não é momento para tratar sobre 2026, dois nomes já despontam como possíveis escolhas, caso o PL decida lançar candidato próprio ao Palácio Guanabara.
Um deles é o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro e deputado federal General Pazuello (PL). O outro, o ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim — este último, que conta com a simpatia de Flávio Bolsonaro, está ainda sem partido e chegou a ser incluído em um levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado em abril deste ano. Na ocasião, Landim marcou 8,5% das intenções de voto, em um cenário em que Paes liderava com grande folga.
A discussão ganhou força nas últimas semanas, em meio a um racha entre o governador Claudio Castro (PL) e o presidente da Assembleia fluminense, Rodrigo Bacellar (União), antes cotado como o favorito da direita à disputa.
Vice pode ser opção
Há também a possibilidade de o PL compor a chapa de outro candidato, como o próprio Bacellar. Nesse caso, mais um nome tem ganhado força nas últimas semanas: o deputado estadual Alan Lopes, presidente da Comissão Especial de Combate à Desordem e da CPI da Transparência na Alerj.
Como justificativa, integrantes do partido apontam o barulho feito por ambas as comissões no Legislativo nos últimos meses, com atuação do parlamentar. Foi em seu gabinete, por exemplo, que nasceu o Estatuto das Blitzes, lei que está em processo de regulamentação e tem alta densidade eleitoral.
Para o Senado, além de Flávio Bolsonaro, é o governador Cláudio Castro quem deverá disputar a segunda vaga, com o apoio da máquina estadual.
O papel que o PL terá na eleição, contudo, segue como uma incógnita. Nos bastidores, há quem aposte, inclusive, em uma aproximação informal com o prefeito carioca Eduardo Paes, dado o cenário confortável que ele apresenta nas pesquisas, neste momento. Levantamento Quaest divulgado nesta sexta-feira, 22, por exemplo, coloca o alcaide com 35% das intenções de voto, índice que supera todos os outros adversários somados.