counter Ex-chefe da diplomacia da União Europeia é detida por suspeita de fraude – Forsething

Ex-chefe da diplomacia da União Europeia é detida por suspeita de fraude

Federica Mogherini, uma ex-chefe de política externa da União Europeia, foi detida nesta terça-feira, 2, durante uma operação conduzida pelo Ministério Público Europeu (EPPO, na sigla em inglês) que investiga suspeitas de fraude em um contrato financiado com recursos do bloco. As buscas ocorreram no Colégio da Europa, em Bruges, instituição que Mogherini dirige, e no Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), em Bruxelas, órgão que ela comandou entre 2014 e 2019.

O caso envolve um projeto destinado à formação de diplomatas juniores da UE. Segundo o EPPO, há indícios de irregularidades na licitação que concedeu ao Colégio da Europa, em 2021, um contrato para oferecer um curso de nove meses voltado a funcionários em início de carreira. Há, segundo os investigadores, “fortes suspeitas” de favorecimento no processo de contratação.

Além de Mogherini, foram detidos, e posteriormente liberados, um funcionário sênior do Colégio da Europa e um representante da Comissão Europeia. Todos foram formalmente notificados sobre as acusações, que incluem fraude em licitação pública, conflito de interesses, corrupção e violação de sigilo profissional. As residências dos suspeitos também foram inspecionadas, mas eles não foram considerados risco de fuga.

O Colégio da Europa é uma das instituições mais tradicionais na formação de quadros da UE. Embora independente, recebe financiamento do bloco e mantém vínculos estreitos com seus órgãos diplomáticos, o que explica a mobilização incomum de investigadores e policiais belgas. O EPPO informou ainda que a imunidade de alguns envolvidos precisou ser suspensa para permitir o avanço das apurações.

A detenção de Mogherini provocou surpresa em Bruxelas. Figura influente da política europeia, ela chefiou a diplomacia da UE por cinco anos e, desde 2020, ocupa a presidência do Colégio da Europa. O episódio representa mais um desgaste para as instituições do bloco, que enfrentam pressão crescente por transparência no uso dos recursos comunitários.

A investigação segue em andamento. O EPPO ressaltou que todos os suspeitos devem ser considerados inocentes até que a Justiça belga determine o contrário.

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