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Europa está ‘na situação mais difícil e perigosa desde a II Guerra’, diz premiê dinamarquesa

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, alertou nesta quarta-feira, 1º de outubro, que a Europa está “na situação mais difícil e perigosa desde a Segunda Guerra Mundial“, afirmando que o momento é até pior do que a Guerra Fria. A fala acontece no contexto de uma série de incursões de drones russos em violação do espaço aéreo de membros da Otan, inclusive a Dinamarca, e foi feita às margens de uma reunião informal do Conselho Europeu em Copenhague.

“Acho que a guerra na Ucrânia é muito séria. Quando olho para a Europa hoje, penso que estamos na situação mais difícil e perigosa desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse ela a repórteres na capital dinamarquesa.

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O foco da reunião desta quarta será a segurança e defesa europeias e a situação ucraniana, com a participação do presidente do país, Volodymyr Zelensky, por videochamada. Em seguida, na quinta-feira, 2, haverá uma cúpula mais ampla da Comunidade Política Europeia. A preparação para esses eventos foi ofuscada, porém, pelos recentes incidentes envolvendo drones e aviões de guerra russos, que provocaram perturbações como o fechamento de aeroportos e cancelamento de voos, em especial em países escandinavos. Vários aliados – incluindo França, Alemanha, Polônia, Suécia, Reino Unido, Ucrânia e EUA – ofereceram apoio para garantir a segurança dos eventos em Copenhague.

Questionada sobre incursões de drones, Frederiksen afirmou ser, em geral, a favor de abatê-los, mas faz a ressalva de que “isso precisa ser feito da maneira correta”.

Guerra híbrida e ameaça russa

Outro ponto contencioso das reuniões desta semana é a proposta da Comissão Europeia de um empréstimo à Ucrânia para reconstrução e reparação pela guerra, financiado por ativos russos congelados em bancos ocidentais. A premiê dinamarquesa afirmou ser favorável ao plano, mas fez um alerta: “Deixem-me ser muito clara: tem que haver um objetivo europeu comum sobre isso, caso contrário, ficaremos divididos, e esse não é o caminho certo para a Europa”, declarou.

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“Temos que analisar o padrão (de ameaças) e abandonar a perspectiva nacional ao falar sobre segurança na Europa. Com a guerra híbrida em andamento (incursões de drones), temos que olhar para a guerra na Ucrânia não como uma guerra em um país específico, mas como uma tentativa russa de ameaçar a todos nós”, completou. “A guerra híbrida, um dia é na Polônia, no outro, na Dinamarca, e na próxima semana provavelmente será em outro lugar. Então, vejo isso de uma perspectiva europeia. Há apenas um país disposto a nos ameaçar, e é a Rússia, e, portanto, precisamos de uma resposta muito forte.”

Ela defendeu novos investimentos em armas e inovação no setor bélico, em especial no que diz respeito a tecnologia de drones.

Frederiksen foi ecoada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que declarou a repórteres que a Europa não permitirá que a Rússia “semeie divisão e ansiedade” e destacou um “padrão” de comportamento após a série de avistamentos de drones.

“É um padrão, e esse padrão vem da Rússia”, disse a chefe do executivo da União Europeia. “A Rússia tenta nos testar, mas também tenta semear divisão e ansiedade em nossas sociedades. Não deixaremos isso acontecer.”

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